Europeias: Mais de mil portugueses votaram na maior cidade do Brasil

Da Redação
Com Lusa

Mais de mil portugueses votaram na cidade de São Paulo, a mais populosa do Brasil, e na cidade de Santos, nas eleições para o Parlamento Europeu, segundo o Consulado-Geral de Portugal em São Paulo.

De acordo com dados fornecidos pelo Consulado-Geral, 968 votos foram registrados na capital do estado, a cidade de São Paulo, e outros 145 em Santos, num total de 1.113.

Em São Paulo havia 112 mil pessoas com nacionalidade portuguesa aptas a votar, enquanto na cidade de Santos o número de eleitores recenseados era de 12 mil.

A reportagem da Lusa esteve no Consulado-Geral de Portugal de São Paulo para acompanhar a votação e verificou que o ambiente foi sempre de tranquilidade.

Os eleitores que chegavam não encontravam filas nas duas mesas de votação instaladas no local.

Nobel Penteado de Freitas, de 54 anos, contou à Lusa que tem cidadania portuguesa há seis anos e decidiu votar nestas eleições para o Parlamento Europeu por entender que “há uma polarização no mundo” e que era importante ter uma posição neste contexto.

“Tenho uma posição contra o sectarismo e o racismo. Decidi votar porque há uma polarização no mundo e penso que poder-me posicionar no nosso país [Brasil] e no mundo [como cidadão de Portugal] é uma coisa muito interessante”, afirmou.

“Entendo que ter direito à cidadania portuguesa também traz deveres, como participar das eleições”, acrescentou.

Luiz Carlos Paganotti, de 64 anos, que também tem cidadania portuguesa há seis anos, disse à Lusa que “o voto é parte da cidadania portuguesa”

“Eu acompanho pela imprensa as notícias sobre política europeia e, por isto, estou aqui para votar”, salientou.

Já o seu filho Ivan Paganotti, de 36 anos, frisou que, além de ser uma contrapartida à cidadania, o voto nesta eleição é importante para conter a onda separatista que assola a Europa.

“O Parlamento Europeu precisa ser fortalecido. Há uma onda separatista desde o ‘Brexit’ e a saída do Reino Unido. É preciso fortalecer o Parlamento europeu e a Europa”, disse.

“Morei um ano em Portugal, em 2014, e desde aquele tempo passei a acompanhar a política portuguesa e europeia”, completou.

Ana Paula Souza Maciel, de 31 anos, brasileira com nacionalidade portuguesa há cinco anos, contou que era a primeira vez que votava numa eleição para o Parlamento Europeu.

“Decidi votar depois de vir renovar meus documentos de cidadania portuguesa no Consulado de São Paulo onde, conversando com alguns funcionários, fui informada de que o voto não era obrigatória, mas soava bem votar”, afirmou.

“Pesquisei um pouco sobre os partidos políticos que disputam as 21 vagas de Portugal no Parlamento Europeu antes de decidir por um”, concluiu.

A Lusa esteve também no Consulado-Geral da Espanha em São Paulo, localizada ao lado do Consulado português.

No local, o ambiente era igualmente de muita tranquilidade. A Espanha disponibilizou aos eleitores que residem no Brasil a possibilidade de votar por carta ou presencialmente nas unidades consulares.

O brasileiro Daniel Garrido, de 34 anos, tem cidadania espanhola há 14 anos, mas admitiu que era a primeira vez que votava numa eleição para o Parlamento Europeu.

“Depois de 14 anos de cidadania decidi que era hora de participar da política europeia. Não tinha ninguém no Consulado [da Espanha] quando estava votando, apenas os funcionários. Estava muito tranquilo”, contou.

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