Dia de Portugal vai ser comemorado no Peso da Régua e na África do Sul

O primeiro-ministro, António Costa, durante as comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, 10 de junho de 2020. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Da Redação com Lusa

As comemorações do Dia de Portugal decorrerão este ano no Peso da Régua e na África do Sul, anunciou a Presidência da República, que designou o enólogo João Nicolau de Almeida como presidente da comissão organizadora.

“O Presidente da República resolveu designar o Peso da Régua como sede, no ano de 2023, das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, estendendo-se as celebrações às comunidades portuguesas na África do Sul”, lê-se num comunicado divulgado neste sábado.

O comunicado salienta que “para a organização das comemorações é constituída uma Comissão presidida por João Nicolau de Almeida, um dos grandes enólogos do Douro, e que integra ainda o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, a Secretária-Geral da Presidência da República e o Chefe do Protocolo do Estado”.

A Presidência justifica a escolha do Peso da Régua como sede das comemorações referindo que o “Douro, patrimônio da Humanidade, foi designado como Capital Europeia do Vinho em 2023”.

“A cidade do Peso da Régua foi a promotora desta iniciativa de âmbito regional, que integra os 19 municípios da CIM Douro, que preveem numerosas iniciativas de promoção da região ao longo do ano”, lê-se na nota.

Em 2020, as comemorações do 10 de Junho já estavam previstas para a África do Sul, em conjunto com a Madeira, mas Marcelo Rebelo de Sousa decidiu cancelá-las devido à evolução da pandemia de covid-19, optando antes por assinalar a data com uma “cerimônia simbólica” no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

A celebração da data na Região Autónoma da Madeira acabou depois por ocorrer em 2021, com um programa intenso, durante três dias, que terminou com a cerimônia militar comemorativa do 10 de junho na cidade do Funchal.

Quando assumiu a chefia do Estado, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa lançou, em articulação com o primeiro-ministro, António Costa, e com a participação de ambos, um modelo inédito de duplas comemorações do 10 de Junho, primeiro em Portugal e depois junto de comunidades portuguesas no estrangeiro.

Com este modelo – interrompido em 2020 e 2021 devido à pandemia de covid-19 – o chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas faz dois discursos nesta data, um mais solene, de manhã, numa cerimônia militar em território português, e outro mais emotivo, ao fim do dia, perante emigrantes portugueses e lusodescendentes no estrangeiro – ou, como prefere dizer, no “território espiritual” da nação.

No ano passado, recuperando este modelo, as celebrações do Dia de Portugal decorreram em Braga, e também junto das comunidades portuguesas no Reino Unido, tendo a comissão organizadora sido presidida pelo constitucionalista Jorge Miranda.

Já em 2016 o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas foi celebrado entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em 2019 entre Portalegre e Cabo Verde.

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