Da Redação
Com Lusa
A comunidade portuguesa em Santos espera receber benefícios da descoberta de petróleo na camada pré-sal desta região do litoral brasileiro, disse José Augusto do Rosário, gestor do Consulado Honorário de Portugal na cidade.
“Ainda não começou o recrutamento de trabalhadores para o pré-sal, as mudanças ainda estão para vir”, disse Rosário à Lusa, por telefone à agencia Lusa do governo português, referindo-se às previsões do crescimento da cidade, em resultado da descoberta, em 2005, de grandes quantidades de petróleo na camada pré-sal da sua costa.
O Consulado Honorário afirma que, somada à região metropolitana e à do Vale do Ribeira, que também fica sob sua responsabilidade, a comunidade portuguesa é constituída por 38 mil portugueses.
Caso todos os filhos e netos de portugueses que possuem o direito à dupla nacionalidade a tivessem, aquele número subiria para 90 mil pessoas.
O secretário de Planeamento de Santos, Bechara Abdalla Pestana Neves, afirmou que a cidade tem interesse em fazer intercâmbio estudantil com universidades portuguesas, e em contar com empresas lusas para a construção de um parque tecnológico.
Santos também pretende ser sub-sede do Mundial2014 de futebol, que se disputa no Brasil, e receber uma das seleções do torneio. “Quem sabe Portugal não nos escolhe!”, disse o secretário.
Pestana Neves realça que a cidade terá espaço para trabalhadores estrangeiros na exploração do pré-sal, mas tem programas para capacitar técnicos e empresários para esse mercado, para que ele absorva principalmente a mão de obra local.
O angolano Richie Maurice, 20 anos, está no primeiro ano de engenharia do petróleo na Universidade Santa Cecília, em Santos, e espera ter seu lugar nos mercados do pré-sal.
“Quando eu comecei a faculdade, estava focado somente em ter um bom conhecimento, mas percebi que a cidade vai crescer, e pretendo pegar uma experiência de trabalho aqui, vai ser uma oportunidade”, disse à Lusa.