Da Redação
A última semana de compras para o Natal se iniciou e a expectativa do comércio para a data só aumenta. De acordo com uma sondagem feita pela ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) entre seus associados, a data deve movimentar nas lojas de shoppings, cerca de R$ 5 bilhões na economia, levando quase 60 milhões de consumidores para os mais de 600 centros de compras por todo o país.
Já a ceia de Natal está mais cara neste ano na região Sudeste. Um levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que parte dos produtos mais consumidos nesta época subiu 17%, ante igual período do ano passado. A pesquisa analisou o preço de 10 itens, entre eles, aves natalinas, peru, lombo, tender, panetone, pernil, espumante, sidra, azeite e caixa de bombons. Em 2021, o valor médio desses produtos vendidos nos supermercados foi de R$ 241,39, hoje subiu para R$ 282,39.
Para não faltar nada nas ceias de Natal e do Ano Novo, uma alternativa para o consumidor economizar é aproveitar as vantagens de fazer as compras de supermercado online. Esse formato possibilita pesquisar os preços com antecedência, aproveitar os melhores descontos e ainda receber tudo em casa, sem perder tempo no trajeto até o mercado ou nas filas dos caixas. Com as compras programadas, os clientes por exemplo da Shopper podem economizar, em média, até 12% em comparação aos supermercados tradicionais com vendas online.
Na mesa
85% dos trabalhadores brasileiros pretendem incluir carnes na comemoração deste ano. É o que revela uma pesquisa realizada pela Ticket, marca da Edenred Brasil de benefícios de refeição e alimentação, com mais de 1.700 trabalhadores. Além da proteína, os principais itens que devem compor a ceia dos respondentes são frutas e oleaginosas (56%); bebidas (49%); doces (47%) e cereais, como arroz e milho (39%). Quando questionados se pretendem mudar o cardápio das celebrações, a maioria (78%) disse que sim: 47% querem deixá-lo mais barato e 31% desejam apostar em novos pratos e sabores.
Pensando em mostrar o quanto os preços da ceia oscilaram no último ano, João Victorino, especialista em finanças pessoais e administrador de empresas, listou alguns levantamentos estatísticos realizados por institutos especializados no assunto, mostrando o tamanho da inflação na ceia de Natal. Confira:
Panetone e chocotone: dois dos principais itens natalinos, estes realmente são difíceis de resistir. Durante a pesquisa, os preços de uma caixa de 500g, subiram em torno de 23,2%. Deixando os itens mais tradicionais, segundo o Procon-SP, com uma variação de R$ 13,59 a R$ 24,91.
Peru Congelado: a ave que chega temperada para ser assada no forno dos brasileiros, contém 1kg, e apresentou diversas variações, que oscilam de R$ 29,99 a R$72,24, durante os dias da pesquisa, realizada pelo Procon-SP, isso representa cerca de 11,4% a mais do que no último ano.
Lentilha: por conta de inúmeras superstições e esperanças de enriquecimento no próximo ano, a lentilha seca no pacote de 500g, apresentou preços médios de R$ 10,62 a R$ 14,91, com relação ao ano anterior, mostrando uma leve inflação de 2,3%.
Uva-Passa: seguramente o item que mais causa discussões nas festas de final de ano, a uva-passa desperta relações de amor e ódio entre familiares, com relação aos valores a cotação do kg variou de R$ 8,30 a R$ 11,50, representando -1,97% de deflação se comparado ao último ano.
Arroz: Certamente não pode faltar o arroz, carboidrato mais consumido nas refeições brasileiras. A variação no preço do produto foi de -1,63% no ano (deflação).
Pescados: a famosa bacalhoada é presença obrigatória em diversas mesas brasileiras, mas, por se tratar de uma ocasião especial, existe quem prefere importar o pescado. Em novembro de 2022, o bacalhau subia 8,63% segundo os dados do IBGE, que no no geral, explica que a inflação dos pescados no último ano foi de 2,81%.
Presentes
De acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Comércio Eletrônico (Abcomm), a expectativa é um crescimento de apenas 3,8% nas vendas do Natal de 2022 no comparativo com o mesmo período de 2021. No ano passado, no mesmo período, a alta foi mais expressiva do que no ano anterior: 18%.
O valor médio que o brasileiro deve gastar nas compras natalinas em 2022 está em R$ 450, segundo a Abcomm, praticamente empatado com os R$ 445 gastos no Natal do ano passado, um reajuste muito abaixo da expectativa dos comerciantes.
“Um dos piores erros que as pessoas costumam cometer é deixar para comprar o presente justamente na véspera da data, onde os lojistas e as marcas costumam subir os preços justamente por terem noção de que vai aumentar o movimento nesse período”, explica o educador financeiro Tiago Cespe, criador da Cespe Educação Financeira. Para evitar pagar um valor exorbitante, a dica é sempre pesquisar bastante em diferentes lojas umas três semanas antes do dia.
Uma pesquisa da FCDL-SP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo) em parceria com a CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) mostra que a brincadeira do amigo secreto, ou amigo oculto, deverá movimentar cerca de 2,6 bilhões de reais no estado de São Paulo. Tradicional, a brincadeira deve contar com a participação de cerca de 23,4 milhões de pessoas.
Em comparação com 2021, a brincadeira de troca de presentes, seja em família ou em confraternizações de empresas, sofreu uma queda de 1%. As mulheres devem ser as principais participantes em 2022, representando 37,1%, seguido dos homens com 35,1%.
O ticket médio de presentes neste ano será de R$74,30, um aumento de 10 reais em comparação a 2021. Cerca de 37% dos consumidores devem gastar até R$50 reais no presente; 29% deles entre R$51 e R$100 reais; e apenas 20% podem presentear com mais de R$100 reais no amigo secreto.
“O aumento do ticket médio do presente se dá por conta da alta nos preços em geral. A inflação é a principal causa dos 10 reais a mais na comparação com o ano passado”, diz Maurício Stainoff, presidente da FCDL-SP.