Da Redação
Com Lusa
As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa subiram 31,29% até julho, em termos anuais homólogos, atingindo 67,61 mil milhões de dólares (56,6 mil milhões de euros), indicam dados oficiais.
Dados dos Serviços de Alfândega da China, publicados no portal do Fórum Macau, indicam que a China comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 47,79 mil milhões de dólares (40,07 mil milhões de euros), mais 33,74%, e vendeu produtos no valor de 19,82 mil milhões de dólares (16,61 mil milhões de euros), mais 25,74%.
O Brasil manteve-se como o principal parceiro econômico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 49,90 mil milhões de dólares (41,84 mil milhões de euros) entre janeiro e julho, um valor que traduz um aumento anual homólogo de 30,51%.
As exportações da China para o Brasil atingiram 15,65 mil milhões de dólares (13,12 mil milhões de euros), refletindo uma subida de 34,97%, enquanto as importações totalizaram 34,24 mil milhões de dólares (28,71 mil milhões de euros), mais 28,57% face aos primeiros sete meses do ano transato.
Com Angola, o segundo parceiro lusófono da China, as trocas comerciais cresceram 48,61%, atingindo 13,37 mil milhões de dólares (11,21 mil milhões de euros).
Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 1,24 mil milhões de dólares (1,03 mil milhões de euros), mais 32,47%, e comprou mercadorias avaliadas em 12,12 mil milhões de dólares (10,15 mil milhões de euros), refletindo uma subida de 50,50%.
Já com Portugal, terceiro parceiro da China entre os países de língua portuguesa, o comércio bilateral cifrou-se em 3,17 mil milhões de dólares (2,65 mil milhões de euros) — mais 1,19% –, numa balança comercial favorável a Pequim.
A China vendeu a Lisboa bens na ordem de 2,07 mil milhões de dólares (1,73 mil milhões de euros), menos 11,58%, e comprou produtos avaliados em 1,10 mil milhões de dólares (921 milhões de euros), mais 38,59% face aos primeiros sete meses do ano passado.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que se reúne a nível ministerial de três em três anos.
Os dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de só ter passado a fazer parte da ‘família’ do Fórum Macau no final de março, após a China ter anunciado o restabelecimento dos laços diplomáticos com São Tomé e Príncipe, dias depois de o país africano ter cortado relações com Taiwan e reconhecido Pequim.
O comércio entre São Tomé e Príncipe e a China é insignificante, correspondendo na quase totalidade às exportações chinesas, que entre janeiro e julho se cifraram em 4,11 milhões de dólares (3,44 milhões de euros).