Comemorações em Lisboa ao Dia da Restauração lembram “guerreiros” da Independência

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (C), durante a cerimónia de homenagem aos Heróis da Restauração da Independência de Portugal, que decorreu na Praça dos Restauradores, em Lisboa, 01 de dezembro de 2022. ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Mundo Lusíada com Lusa

Uma sessão evocativa do Dia da Restauração, na Praça dos Restauradores, em Lisboa, foi pela manhã presidida pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, e contou também com a participação do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e Presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, José Ribeiro e Castro, além do presidente da Assembleia, Augusto Santos Silva.

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa lembrou neste dia os ciganos que “deram a vida” pela independência nacional e lamentou a discriminação de que têm sido alvo em Portugal.

“Ao lembrar tantos portugueses, de tantas origens, que se envolveram no movimento revolucionário, o Presidente da República quer lembrar também os portugueses de etnia cigana que, como reconheceu então o próprio Rei D. João IV, deram a vida pela nossa independência nacional”, escreveu Marcelo Rebelo de Sousa, numa mensagem evocativa do Dia da Restauração da Independência.

Na mensagem em que saúda o dia “em que valorosos guerreiros nos deram livre a Nação”, o chefe de Estado destaca o ‘cavaleiro fidalgo’ Jerónimo da Costa e muitos dos duzentos e cinquenta outros ciganos que serviram nas fronteiras e tombaram por Portugal.

“Portugal lembra-os, presta-lhes homenagem e exprime a sua gratidão. Este dever de memória é de elementar justiça e rompe com tanto esquecimento e discriminação de que os ciganos têm, infelizmente, sido alvo no nosso país”.

O Presidente da República, que pela manhã presidiu à sessão evocativa em Lisboa, sublinhou ainda na mensagem o 01 de dezembro como “um dia importante e significativo da História de Portugal, em que o povo português recuperou a sua independência, num movimento no qual, com os conjurados de 40, muitos se implicaram, descontentes com a situação do país, aquém e além-mar, e com as suas condições de vida”.

Também o primeiro-ministro António Costa homenageou a “memória dos que lutaram e contribuíram” para a restauração da independência de Portugal, apelando para a celebração da “soberania” e da “força da bandeira nacional”, numa mensagem evocativa do 1.º de dezembro.

“Celebramos hoje a Restauração da Independência de Portugal, uma data que evoca a afirmação da nossa nação e da nossa soberania. Homenageamos a memória dos que lutaram e contribuíram para essa conquista”, escreveu o primeiro-ministro numa mensagem na sua conta oficial na rede social Twitter.

“A reposição do feriado do 1.º de Dezembro, pelo simbolismo da data, é uma das medidas de que mais me orgulho ter tomado enquanto primeiro-ministro. Valorizemos a nossa História. Honremos a República. Celebremos a soberania e a força da nossa bandeira nacional”, acrescentou.

Por motivos de saúde, o primeiro-ministro não participou na sessão evocativa do Dia da Restauração, na Praça dos Restauradores, em Lisboa, sendo o Governo representado pela ministra da Defesa Nacional.

O dia 01 de dezembro assinala o golpe revolucionário de 1640 que acabou com o domínio da dinastia Filipina sobre Portugal, retirando o país da alçada espanhola e colocando no trono D. João IV.

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