Com presença de Brasil e Portugal, Moçambique faz balanço positivo nos 40 anos de independência

Mundo Lusíada
Com Lusa

A estátua de Samora Machel foi construída na Coreia do Norte e será descerrada no dia 19 de outubro no largo da Praça da Independência em cerimônia solene com a participação de dignitários nacionais e estrangeiros, incluindo a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Foto: ANTONIO SILVA/LUSA
 Foto: ANTONIO SILVA/LUSA

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, fez neste 25 de junho um “balanço francamente positivo” dos 40 anos da independência do país, assinalando que cresceu em várias frentes, principalmente na formação de quadros e no acesso aos serviços sociais básicos.

“Hoje, 40 anos após a proclamação da nossa independência nacional, estamos aqui como povo livre e soberano para dizer à África e ao mundo que o nosso balanço dos anos da nossa soberania é francamente positivo”, afirmou Nyusi, no seu discurso do 40.º aniversário da independência de Moçambique.

Segundo o chefe de Estado moçambicano, que falou a partir do Estádio da Machava, desde a independência, o país cresceu, formando quadros que hoje constituem motivo de orgulho e afirma-se como um Estado promotor da equidade, onde os recursos naturais são propriedade de todos.

De Portugal, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete está presente nas cerimônias dos 40 anos de independência. A visita oficial de Rui Machete a Maputo e sua participação, em representação do primeiro-ministro, revestem-se “de particular importância por confirmar o interesse e empenho de Portugal em continuar a ser um dos mais relevantes parceiros de Moçambique”, assinala uma nota de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

No âmbito dessa parceria, segundo a mesma nota, Portugal contribui “para o desenvolvimento sustentável daquele país, no âmbito de um relacionamento bilateral com responsabilidades partilhadas e benefícios mútuos”.

Do Brasil, a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, representa a presidente Dilma Rousseff.

Em nota, Dilma Rousseff destaca que a data da independência moçambicana tem inegável valor histórico, não apenas para Moçambique, mas também para o Brasil. A presidente lembrou que foi no mesmo ano da independência, 1975, que os dois países estabeleceram relações diplomáticas, e afirmou que Moçambique é hoje um dos principais parceiros do continente africano, com quem o Brasil mantém acordos bilaterais em diversos setores, desde a cooperação técnica ao diálogo econômico, comercial e cultural.

Entre os dias 28 de maio e 3 de junho, a ministra Nilma Lino Gomes realizou viagem oficial a Moçambique, onde se reuniu com ministros de Estado cujas pastas já possuem acordos de cooperação assinados com a SEPPIR e outros Ministérios brasileiros. A iniciativa está entre as prioridades da Secretaria, que pretende fortalecer as relações com outros países, sobretudo do continente africano e que têm o português como língua oficial.

Comemorações
No dia 7 de abril, o presidente Nyusi lançou oficialmente as celebrações pela data, no Distrito de Mueda, Província de Cabo Delgado, local onde ocorreu um dos últimos episódios de resistência à dominação colonial, antes do início da luta armada pela libertação do país.

Na ocasião, Nyusi convidou toda a população de Moçambique a refletir sobre o futuro, tendo como foco os valores comuns e a superação dos desafios que assegurem o desenvolvimento. “Façamos do 40º aniversário da nossa independência um momento de reafirmação da nossa soberania e renovação do nosso compromisso coletivo de continuar a construir um país unido e próspero”, disse.

Na cerimônia em Mueda teve início a “Marcha da Chama da Unidade Nacional”, percorrendo todas as Províncias até chegar à Praça da Independência, em Maputo, nesta quinta-feira, onde aconteceu a cerimônia de deposição de flores em homenagem aos soldados que lutaram pela Independência.

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