Por Odair Sene
Em 21 de maio, a Portuguesa Santista esteve em festa para comemorar o aniversário de 8 anos do seu Rancho Folclórico. E como aconteceu em outros eventos da casa, os organizadores, sob a coordenação do diretor Emerson Coelho, inovaram mais uma vez para marcar a comemoração, trouxeram da Argentina o co-irmão Grupo Etnográfico Raízes de Portugal.
A festa do 8º aniversário do grupo da Portuguesa Santista foi um sucesso, com muita música, público muito bom, jantar bem servido, tudo como o convidado gosta. Teve apresentação do rancho aniversariante (que foi apresentado pelo Marco Albano) e como convidado esteve o grupo vindo da Argentina, que esteve no Brasil com vinte componentes (de um total de 35) mas nem todos puderam vir (apresentado pelo Carlos Oliveira).
Depois das apresentações de folclore tivemos um atrativo a mais apresentado pelo grupo convidado, com performances tradicionais da Argentina, como o Tango, além de outras canções argentinas e danças tradicionais.
A festa foi encerrada na sequência com o animadíssimo parabéns envolvendo todos os folcloristas e mais convidados, com as bexigas suspensas e confetes caindo do teto e muita música no palco animando principalmente os festeiros aniversariantes da casa.
Grupo Etnográfico Raízes de Portugal
Dirigido por Carlos Oliveira, o grupo luso-argentino esteve no Brasil pela segunda vez (em Santos pela primeira vez). Em 2015 teve apresentações em entidades do Rio de Janeiro. Em Santos estavam com 20 componentes: “ao todo somos 35 mas eles ficaram na Argentina porque estudam ou trabalham”, disse o diretor Carlos Oliveira, que comanda o grupo formado por filhos e netos de portugueses.
Ao Mundo Lusíada, Oliveira falou sobre esse intercâmbio a partir da Argentina. “Nós também fazemos intercâmbio com a França, fazemos com Portugal e com Uruguai, há pouco estivemos em Colônia e Montevidéu também a dançar folclore português, tango e folclore argentino. Eu acho que isso dos intercâmbios incentiva os jovens a manter acesa a chama de Portugal no mundo inteiro”.
Segundo ele, misturar o folclore com a tradição e dança argentina é muito apreciado pelo público. “Isso começou em Portugal em 2013, porque eles nos disseram que era para levar algo do nosso rio e do rio da Argentina, o tango e o folclore. Foi ali que o rancho começou então a dançar o folclore argentino e o tango nas apresentações de folclore português no estrangeiro”.
Brincando com o fato dos seus componentes serem todos argentinos, em comparação ao Brasil, e quem são “melhores”, ele respondeu que os melhores folcloristas estão no Brasil e na Argentina. “Os dois, o que acontece é que aqui no Brasil há mais portugueses então é mais fácil. Na Argentina somos muito poucos”. Segundo Oliveira.
Na região de Buenos Aires existem cerca de dez associações portuguesas e em todo o país cerca de 20 casas. Se comparado com o Brasil é muito pouco. “Na Argentina acho que hoje temos só uns 10 mil portugueses. Mas é com muito amor que fazemos isto”, finalizou.