A Língua Portuguesa em português arcaico e em português moderno

Por Adriano Augusto da Costa Filho

 

Em Portugal em séculos e séculos anteriores, existia a língua lusitana e que evidentemente e de acordo com o tempo foi-se aperfeiçoando e culminou nos nossos dias com a “língua portuguesa moderna” e na qual todos os países de língua portuguesa a adotam de acordo com Portugal.

Exemplo da língua falada e escrita nos primórdios das grandes descobertas pelo mundo afora em Portugal, como seja no português arcaico: d`haver eu por vós guarvaia – pois eu, mia senhor, d`alfaia – nunca de nós houve nem hei – valia de uma correa.

Segue exemplos de explicações:

Arcaico: 1- non me sei parelha = português: não conheço ninguém igual a mim. 2- mentre (enquanto) – 3 – ca (pois). 4- branca e vermelha (a cor da pele branca, contrastando com a cor do rosto rosado). 6- em saia (sem manto). 7- que (pois).

Outras explicações: semelha (parece) – d`haver eu por vós (receber por vosso intermédio). – alfaia (presente) – valia duma correa (sem valor). Lembranco que mia senhor significava (minha senhora). Não havia distinção no feminino, visto que, no masculino era meu senhor.

Portanto, o entendimento no linguajar era completo para a época, o entendimento era de acordo com a evolução no escrever e no falar.

Para o Brasil, nos primórdios das descobertas, evidentemente era idêntico ao de Portugal, e a seguir foram adotados no linguajar, palavras e edições de acordo com o tempo e os acompanhamentos das tribos indígenas e dos africanos escravos.

Podemos hoje citar uma poesia brasileira em língua portuguesa direta, sobre o amor, como seja:

O amor! > O amor! O amor! Ninguém o definiu, é sempre o mesmo, acaba onde começa. Quem mais o sente, menos o confessa, conhece a todos, mas, ninguém o viu. Se o procuramos foge-nos depressa, se o desprezamos todo se interessa; só está presente, quando já fugiu, é homem feito sendo uma criança. E quanto mais se quer, menos se alcança.

Ninguém o encontra e em toda parte mora, mata quem dele vive. É sempre assim. Só principia quando chega ao fim. Morre num minuto e nasce em qualquer hora.

 

 

Por ADRIANO DA COSTA FILHO
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa, Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes/Ceará, Associação Portuguesa de Escritores/Lisboa, e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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