Chuvas deixam vítimas na região da Baixada Santista

Da Redação

A Defesa Civil do Estado de São Paulo informa que as fortes chuvas que caíram sobre a região da Baixada Santista nesta madrugada provocaram ao menos dez mortes nas cidades de Guarujá, Santos e São Vicente. Uma pessoa continua desaparecida.

O Coordenador Estadual da Defesa Civil, Coronel Walter Nyakas Junior, está na região para se reunir com prefeitos e avaliar as primeiras necessidades.

Dados do Núcleo de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil do Estado indicam que o acumulado nas últimas doze horas de chuvas no Guarujá foi de 282 mm, em Santos, de 218 mm, em Praia Grande, 170 mm, São Vicente, 169 mm, Mongaguá, 160 mm, Cubatão, 132 mm e Itanhaém e Bertioga, o acumulado foi de 110 mm.

A previsão para toda esta terça-feira (3) é de chuva moderada a forte em todo o litoral de São Paulo, incluindo toda a região da Baixada Santista, por causa da formação de uma área de baixa pressão no litoral e a circulação dos ventos nos altos níveis da atmosfera.

Por causa da forte chuva, vários pontos de alagamentos foram registrados na noite desta segunda-feira, e a situação foi normalizada na maioria dos locais.

Em Santos

No Morro do Tetéu, uma mulher de 30 anos morreu vítima de um deslizamento. O Corpo de Bombeiros resgatou uma criança no Morro do Fontana. A vítima foi socorrida pela corporação e levada para atendimento na Santa Casa. Houve um soterramento no Morro Santa Maria, onde o Corpo de Bombeiros retirou um morador de uma casa atingida – ele não se feriu.

Os trabalhos começaram na tarde desta segunda-feira (2), quando foram registradas ocorrências de deslizamentos nos morros Santa Maria, São Bento, Vila Progresso e Monte Serrat, além do rolamento de um bloco de rocha no Monte Serrat.

Os moradores foram orientados a conduzir de forma segura a água da chuva, ou seja, a não deixar que escoe de forma concentrada em terrenos inclinados. Também foram fornecidas lonas plásticas para proteção das áreas afetadas e foi solicitado à Subprefeitura dos Morros o trabalho de fragmentação e diminuição do bloco de rocha.

Também houve a queda de uma árvore de grande porte no bairro Piratininga – ocorrência também atendida pelos Bombeiros.

A Defesa Civil atendeu a mais de 70 ocorrências entre os seguintes pontos: Morro da Penha (2), Morro do Jabaquara (1), Morro do Fontana (4), Morro do José Menino (1), Saboó (2), Morro da Caneleira (2), Monte Serrat (3), Morro Santa Maria (8), Vila Progresso (3), Marapé (5), Nova Cintra (7), Morro do Pacheco (4), Morro São Bento (10), Morro do Bufo (1) e outros locais da Cidade (mais de 16).

“Estamos priorizando os atendimentos às vítimas, principalmente nos morros, que foram mais impactados com obstrução de vias e escorregamentos”, disse o prefeito Paulo Alexandre Barbosa. “Assim como todos os abrigos da Cidade, que já estão de portas abertas, a Prefeitura também colocou à disposição das famílias a Vila Criativa da Vila Progresso e a nova escola municipal Terezinha Maria Calçada Bastos, no São Bento.

Em função da dificuldade de acesso, estão suspensas as aulas nas escolas municipais Cyro de Athayde, morro Nova Cintra; Martins Fontes, morro da Penha; Samuel Leão de Moura, Areia Branca; Maria Luiza S. Ribeiro, Saboó; Hilda Rabaça, Chico de Paula; Nelson Toledo Piza, Saboó; Antônio Passos Sobrinho, Macuco; Maria Patrícia, Valongo; Oswaldo Justo, Chico de Paula; Noel Gomes Ferreira, Caruara; Judoca Ricardo Sampaio, Caruara, e Leonardo Nunes, Castelo.

A exceção é a escola Terezinha Calçada Bastos, no Morro São Bento, que está funcionando como ponto de acolhida para desabrigados. A Secretaria de Educação destaque que em algumas escolas, em outros pontos da Cidade – entre elas, a UME Martins Fontes – os pais estão deixando seus filhos em razão do receio de ficar em casa, por causa do risco de deslizamentos. No momento, supervisores e direção das escolas, estão analisando as condições de funcionamento das unidades.

PPDC
Desde 1º de dezembro, quando foi implantado o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC), mais de 2,5 mil residências localizadas em áreas de risco de Santos – a maioria nos morros – já foram visitadas por técnicos da Defesa Civil do Município.

O PPDC vai até 30 de abril. O objetivo é orientar os moradores quanto à identificação de sinais que indiquem possibilidade de deslizamento de terra. A expectativa é de que até 3,5 mil residências sejam abrangidas por este trabalho.

Para receber alertas por celular, basta enviar o CEP por SMS para o número 40199. Em casos de emergência, o munícipe deve ligar para a Defesa Civil pelo telefone 199.

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