China “pronta a ajudar Moçambique” no combate às cheias com mais de 100 mortos

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Da Redação
Com Lusa

O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que “a China está pronta a ajudar Moçambique” a combater os efeitos das cheias, que já causaram mais de cem mortos, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

“Eu, em nome do governo e do povo chineses, apresento as minhas condolências a todas as vítimas das cheias. A China está pronta a ajudar Moçambique nas operações de socorro”, disse Xi Jinping numa mensagem enviada ao homólogo moçambicano, Filipe Nyusi.

“Estou certo que o povo moçambicano ultrapassará as catástrofes naturais e reconstruirá a sua terra sob a liderança do Governo de Moçambique”, acrescentou o Presidente chinês.

No mais recente balanço oficial das cheias, divulgado em 27 de janeiro, o número de mortos subiu para 117, cerca de 80% dos quais (93) na província da Zambézia.

De acordo com os dados do INGC relativos ao período entre 12 e 18 de janeiro, mais de 90 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas nas províncias do norte e centro de Moçambique e mais de 2 mil casas foram parcialmente destruídas e outras 10 mil desabaram naquelas regiões do país. A província da Zambézia, a segunda maior de Moçambique, foi a mais afetada, e 70% dos distritos estão isolados.

“Não há registro no país de alguma vez ter chovido como na Zambézia, o volume da precipitação que caiu em quatro dias corresponde ao que cai num ano”, disse João Ribeiro, diretor do INGC, citado pelo diário O País.

As chuvas causaram a destruição de várias infraestruturas, nomeadamente escolas e pontes, com destaque para o desabamento da ponte sobre o rio Licungo, na província da Zambézia, que torna intransitável a Estrada Nacional Número 1, que liga o sul e centro ao norte de Moçambique.

Em resposta a este desastre, o INGC instalou 43 centros de acomodação temporária para receber as populações afetadas, ao mesmo tempo que decorrem operações de distribuição de bens alimentares, com o apoio de 70 militares da força aérea sul-africana.

O apoio externo deverá também chegar do Canadá sob a forma de ajuda pecuniária, segundo um comunicado enviado à Lusa, que dá conta da alocação de cerca de 881,7 mil euros para o apoio às vítimas das cheias de Moçambique e do Maláui, país onde as cheias já provocaram a deslocação de 200 mil pessoas e 170 vítimas mortais.

O Conselho de Ministros do novo Governo moçambicano reuniu pela primeira vez na terça-feira, um dia após a sua posse, e, no final, foi anunciada uma verba de 180 milhões de meticais (cinco milhões de euros) a inscrever no Orçamento do Estado para 2015, no âmbito do plano de contingência já aprovado pelo executivo anterior no fim do ano passado.

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