China prepara linhas de crédito para países lusófonos

Da Agencia Lusa

A China está preparando a abertura de novas linhas de crédito para financiamento de operações de importação, exportação e de investimentos nos países de língua portuguesa.

O objetivo será conceder financiamentos com taxas abaixo das oferecidas pelo mercado, disse Rita Botelho dos Santos, coordenadora do Gabinete de Apoio para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa do Governo de Macau.

"Os bancos chineses estão em fase de estruturação e dispostos a colaborar no estímulo a esse intercâmbio comercial e de investimentos", afirmou Rita dos Santos, em São Paulo.

"Esperamos que haja entidades bancárias de outros países também interessadas na cooperação", disse a responsável, durante visita a uma feira de negócios da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

MetasRita dos Santos revelou que a meta do governo chinês é duplicar o comércio com os países de língua portuguesa, com Macau servindo de plataforma, até 2009.

Entre janeiro e abril deste ano, as trocas comerciais entre China e os países de língua portuguesa chegaram a US$ 21 bilhões (R$ 33,4 bilhões), um aumento de 80,3%, em relação ao mesmo período de 2007.

No total, no ano passado, as trocas comerciais somaram US$ 46,3 bilhões (R$ 73,8 bilhões), um aumento de 36% em relação a 2006, disse Rita dos Santos, ressaltando que os empresários dos países de língua portuguesa devem utilizar Macau como uma plataforma de acesso ao mercado chinês.

A coordenadora disse que um empresário brasileiro, por exemplo, pode criar uma empresa em Macau e exportar os seus produtos para a China sem pagamento de impostos. "Estamos abertos ao apoio, mas é preciso que os empresários brasileiros tenham interesse no vasto mercado da República Popular da China".

Rita dos Santos apresentou os resultados do Fórum para Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, criado em 2003.

Desde então, já foram realizados mais de dez eventos, com a participação de cerca de 1.300 técnicos e autoridades da China e dos países de língua portuguesa, em Macau.

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