Centro Trasmontano debate situação da saúde no Brasil em solenidade de aniversário

Trasmontano (12)

“Estamos trabalhando para manter a saúde, a qualidade, o atendimento e dando condição para que os nossos associados tenham boa qualidade de vida”, disse o presidente Alcides Terrível.

 

Por Odair Sene

Na sexta feira, 30 de maio a Diretoria Administrativa e o Conselho Deliberativo do Centro Trasmontano de São Paulo promoveram juntos uma Sessão Solene comemorativa aos 82 anos de fundação da instituição que tem como principal objetivo oferecer ao mercado um plano de saúde qualificado e de ponta.
Em destaque estavam o atual presidente administrativo Dr. Alcides Félix Terrível, o ex-presidente Fernando José Moredo, que é atualmente o vice presidente e também o atual presidente do Hospital Igesp (complexo hospitalar pertencente ao grupo); e ainda, como convidado, o Dr. Benedito Tonolli Jacob, experiente profissional da área, consultor técnico da operadora e profundo entendedor do sistema de saúde do Brasil.
O protocolo esteve aos cuidados do jornalista Dalmo Pessoa que compôs a mesa ficando a presidência para o Dr. Antonio de Almeida e Silva, conceituado advogado em São Paulo e presidente do Conselho da Comunidade Luso Brasileira de SP.
A abertura da solenidade foi feita pelo Coral do Centro Trasmontano cantando os hinos de Portugal e Brasil, sob a regência do maestro Danilo Barral Rocha. Logo após o presidente da mesa declarar aberta a sessão, o presidente Alcides Terrível falou aos cerca de 200 convidados presentes.
O presidente Alcides fez uma análise da instituição que preside, como também de sua administração. A preocupação primeira segundo ele, é identificar os desafios e a segunda é encontrar as dificuldades existentes no dia a dia, não só em questões internas como na agência reguladora e nos prestadores. “A equação está muito difícil para fechar no mercado da saúde pelas operadoras que tentam achar uma saída, porque as pressões são enormes e com um agravante muito importante que é a chegada das novas tecnologias, que nos outros setores veio para baratear e na saúde foi justamente o contrário, encareceu e criou um problema: a divisão deste custo para todos está sendo pior, todos temos que pagar a conta”, explicou o presidente sobre a dificuldade da equação tendo que manter qualidade de saúde, bom atendimento, prestação de serviço e o cliente satisfeito. “Achar este ponto de equilíbrio e ainda pensar na questão da prevenção é um desafio cada vez maior do setor”, disse.
O ponto alto e mais importante da sessão foi a participação do orador Dr. Benedito Jacob, que é consultor técnico especialista no mercado da saúde e vem desenvolvendo um trabalho para o Trasmontano desde julho de 2013.
E ele teve como objetivo trazer para os presentes, informações sobre a evolução da medicina no decorrer dos últimos 70 anos quando ganhou muito avanço em tecnologias, equipamentos, técnicas cirúrgicas, instalações hospitalares, etc.
“É óbvio que esse avanço agregou um valor brutal do diagnóstico ao tratamento dos pacientes. E quem paga a conta, efetivamente, é o usuário. Apesar de constar na Constituição que a saúde é um dever do Estado e um direito do cidadão, a gente sabe que, apesar de pagarmos os impostos, não temos um atendimento minimamente adequado, com raras exceções de algumas ilhas no país. E a saúde privada entrou para cobrir essa lacuna, mas é muito complicado porque com os órgãos reguladores que temos, que ao invés de regular trazem mais complicações, começam a intervir de várias maneiras, no produto, nos valores, nos reajustes, mandando que as operadoras deem cada vez mais sem poderem agregar o custo ao seu preço, com o tempo as margens vão caindo, não conseguem investir, e logo estarão fadadas a quebrar. E mesmo com a liberação dos reajustes, o usuário final não tem mais condição de ficar arcando com tantos reajustes que teríamos a fazer, então é uma equação muito complicada para equilibrar, precisa muito consenso”, disse o Dr. Jacob.
O orador se mostrou pouco entusiasmado por um futuro promissor pelo modelo atual e pela relação que hoje existe entre as partes do sistema, desde o beneficiário até o prestador de serviço, Benedito Jacob afirma que esse sistema “não se mantém em pé de cinco a dez anos, isto é fato”, disse o consultor acreditando que no caso do “Saúde Trasmontano”, é uma das empresas que menos sofre em função do tamanho de sua carteira e da forma como fez sua gestão, com sua rede verticalizada e seus centros médicos está, segundo o profissional, “muito melhor que muitas operadoras que eu vi ficar pelo caminho”.
Logo_Galeria-de-ImagensO orador falou para os convidados na Sessão Solene que comemorava o aniversário de fundação da instituição. Após o término dos discursos o Coral retornou para finalizar a sessão e os presentes cantaram o tradicional “parabéns” com corte simbólico do bolo.
Diferente de anos anteriores, este ano o Departamento de Marketing organizou o evento mais enxuto, apenas com a sessão na sexta feira e finalizou com uma missa já no sábado, na sede localizada à Rua Tabatinguera no centro da Capital Paulista.

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