Centenas de pessoas marcham em Lisboa por novas políticas para o meio ambiente

Participantes da Manifestação Climática Global, organizada pelo movimento Salvar o Clima, na sequência da iniciativa internacional liderada pela ativista sueca, Greta Thunberg destinada a exigir medidas ambientais em defesa do planeta, Coimbra, 25 de setembro de 2020. PAULO NOVAIS/LUSA
Participantes da Manifestação Climática Global, organizada pelo movimento Salvar o Clima, na sequência da iniciativa internacional liderada pela ativista sueca, Greta Thunberg destinada a exigir medidas ambientais em defesa do planeta, Coimbra, 25 de setembro de 2020. PAULO NOVAIS/LUSA

Da Redação
Com Lusa

Centenas de pessoas, na sua maioria jovens, iniciaram nesta sexta-feira pelas 17h uma marcha no centro de Lisboa a exigir novas políticas para o ambiente.

Com cartazes onde se lê “sobrevivência não é utopia” e “gás, petróleo e carvão debaixo do chão” a marcha iniciou-se na Praça do Marquês de Pombal e vai terminar no Rossio com discursos de várias organização de defesa do ambiente.

Criadas inicialmente pela jovem ativista sueca Greta Thunberg, que iniciou sozinha uma greve às aulas às sextas-feiras exigindo medidas para combater as alterações climáticas, este tipo de ações, as chamadas greves climáticas estudantis, acontecem no mundo inteiro e também em Portugal.

Na base da ação de hoje está o mesmo apelo do movimento “Friday´s for Future”, também criado por Greta Thunberg, que em Portugal teve eco no movimento Salvar o Clima, uma plataforma que junta várias organizações que organizam as ações.

Mobilização

Para o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, classificou como “a melhor das causas” a iniciativa de mobilização climática.

“Esta é a melhor das causas, esta é mesmo a melhor das causas, devendo todos, e mormente os estudantes portugueses, também saber reconhecer que Portugal foi o primeiro país do mundo que decidiu ser neutro em carbono em 2050 e que, por exemplo, no ano passado Portugal consumou um excelente divórcio, o divórcio entre aquilo que é o crescimento da economia e o crescimento das emissões”, afirmou Matos Fernandes.

Segundo o ministro, em 2019, ano em que a economia portuguesa cresceu 2,3%, “enquanto na zona euro as emissões reduziram em 4,2% em Portugal reduziram-se 8,5%”.

Portugal é, defendeu Matos Fernandes, “um belíssimo exemplo da redução das emissões (…), na introdução da mobilidade elétrica e na parcela de eletricidade que é gerada a partir de fontes renováveis, 57%”, sendo “um dos países que mais se destaca na Europa”.

“Não encontro causa mais justa para que os nossos jovens se manifestem do que esta, a de lutar por um mundo hipocarbônico, um mundo que regenera recursos, um mundo e uma economia que caibam dentro dos limites do sistema terrestre”, frisou o ministro.

Em Lisboa decorre uma concentração e desfile, que termina com música, teatro e mensagens políticas. Iniciativas idênticas também previstas para cidades como Aveiro ou Coimbra, Évora ou Porto, entre várias outras.

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