Da Redação
Com Lusa
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, apresentou o programa de celebração do “10 de Junho” como “uma autêntica ofensiva diplomática” de Portugal nos Estados Unidos, durante um mês inteiro.
O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas será celebrado em Boston, no Estado de Massachusetts, com a presença do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, mas outras iniciativas estão programadas para Washington, Califórnia, Colorado, Florida e New Jersey e mais locais.
O programa de celebrações, que “vai evoluindo no sentido de serem acrescentadas novas ações e localidades”, devem se estender por 12 Estados norte-americanos e terá impacto em 60 cidades norte-americanas, estando previstas mais de 130 ações, que têm “uma coerência”.
“Queremos ao mesmo tempo por em relevo as relações político diplomáticas e a dimensão político-institucional, essa é a primeira e a mais importante, mas queremos também que a relação com a comunidade luso-americana, a cultura e a educação, a ciência e tecnologia e a economia, do duplo ponto de vista da promoção do comércio de investimento e da atração e promoção turística, sejam também dimensões relevantes”, afirmou o ministro.
O objetivo do “Mês de Portugal”, sublinhou o membro do Governo, é o de “aprofundar as relações bilaterais entre os dois países” e “aumentar a visibilidade de Portugal nos Estados Unidos”, além de “salientar a relação de vizinhança entre os dois países, separados pelo Atlântico”.
É igualmente intenção “valorizar esse grande capital que Portugal tem nos Estados Unidos, como em outros 177 países, que é a comunidade portuguesa, o modo como se integra, como se integrando mantém a âncora identitária em Portugal e o veículo que é na comunicação” entre os dois países.
“Procuramos dar uma dimensão de uma autêntica ofensiva diplomática de Portugal junto do seu vizinho do outro lado do Atlântico e de um dos seus mais próximos aliados”, resumiu Augusto Santos Silva, na apresentação do “Mês de Portugal”, nos Estados Unidos.
O governante aludiu aos motivos “de proximidade entre Portugal e Estados Unidos” e realçou que a iniciativa de celebração de um mês é possível em território norte-americano pelo envolvimento de estruturas governamentais, entidades, fundações, empresas, organismos da sociedade civil e da “militância entusiástica da comunidade portuguesa e luso-americana”.
O ministro explicou ainda o facto de se ter dado “esta envergadura da celebração de Portugal nos Estados Unidos” com “outras dimensões” no relacionamento bilateral que vão “muito além da área de segurança e defesa e os últimos anos tem-se assistido uma intensificação nesses outros domínios”.
“Do ponto de vista econômico, os Estados Unidos são hoje o principal parceiro comercial de Portugal fora do espaço europeu. O investimento português na América tem crescido e em segmentos muito importantes, designadamente nas energias renováveis, entre outros. A presença da economia norte-americana também é evidente”, declarou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros – que apresentou o “Mês de Portugal” na presença dos secretários de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, e da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias – notou que Portugal “tem progredido muito” nas cooperações científico-tecnológica, no domínio do ensino superior e “em termos de contatos entre sociedades civis”.
“Havia todas as razões, e há todas as razões, para aproveitar o fato de o ’10 de Junho’ se comemorar na América para a partir dele projetar um mês inteiro de celebração de Portugal na América e de celebração desta relação tão próxima entre os Estados Unidos e Portugal”, disse.
Do programa do “Mês de Portugal” – disponível no site em www.embassyportugal-us.org – destacam-se conferências, exposições, concertos, workshops, exibições de cinema, seminários, recepções, festivais, festas populares e religiosas, entre outras mais iniciativas.
O “Mês de Portugal” encerrará com um encontro ao mais alto nível político, com Marcelo Rebelo de Sousa a encontrar-se com Donald Trump, e terá outros encontros de membros do Governo com autoridades federais e estaduais.