Vice-presidente Júlio Rodrigues comandou a noite festiva que incluiu homenagem para a cantora Ângela Maria
Odair Sene | Mundo Lusíada
A Casa de Portugal de São Paulo encerrou o ano de 2005 na concorrida noite de 15 de dezembro quando recebeu um número expressivo de convidados para a tradicional “Ceia de Natal” da entidade. Para tanto a Casa contou com patrocínio do Banco Banif, Caixa Geral, Bandeirante Energia, Tap e Numatur Turismo.
Coral Baccarelli durante apresentação.
Na ausência do presidente Antonio dos Ramos, o vice Júlio Rodrigues foi quem comandou a solenidade com auxílio do secretário Paulo Machado no protocolo. Além da curta solenidade, promoveu-se um coquetel, apresentação do Coral Baccarelli e a Ceia Natalina com pratos e iguarias de uma típica ceia portuguesa, com frutas secas nas mesas, vinhos, digestivos portugueses, músicas da época e muitos doces portugueses.
Durante a breve solenidade, Júlio Rodrigues cumprimentou os convidados valorizando a importância da confraternização e da especialíssima noite que encerrou as atividades de 2005. O protocolo esteve aos cuidados do secretário Paulo Machado, que na seqüência anunciou a artista brasileira Ângela Maria para receber homenagem da entidade.
Júlio Rodrigues entregou à cantora, a “Comenda da Ordem Infante D. Henrique”, sob efusivos aplausos. Por solicitação do Paulo Machado, Ângela Maria, após seus agradecimentos, cantou a música “Ave Maria do Morro”, interpretada na Missa da Esperança em Portugal e que marcou com emoção a presença da brasileira em terras lusitanas.
Após a solenidade, a sonoridade natalina foi apresentada pelo Coral Baccarelli com total atenção dos silenciosos convidados. A história musical do maestro Silvio Baccarelli, iniciou-se em 1943, quando ingressou no Seminário, em São Sebastião do Paraíso (MG), e passou a atuar no Coro. Aos 15 anos tornou-se regente deste mesmo grupo e, desde então, começou a dedicar-se ao estudo da música sacra. Nesta noite, entretanto, o repertório (como não poderia deixar de ser), foi com músicas natalinas. O Coral foi muitíssimo aplaudido e muito elogiado pelo público.
A comunidade deve se unir e respeitar as diferenças regionais , diz Júlio Rodrigues
O vice-presidente da Casa de Portugal de São Paulo esteve comandando a Ceia de encerramento de 2005, na ausência do presidente Ramos. Júlio Rodrigues fez suas contas e seu balanço deste último evento como sendo “muitíssimo positivo”. Ao Mundo Lusíada, revelou que somou cerca de uns trezentos abraços “com satisfação”, calculando que isso foi o sinal de satisfação dos convidados.
Júlio Rodrigues, Ângela Maria e Paulo Machado, durante homenagem a cantora
A Casa de Portugal manteve o auto nível. Optou por uma festividade menos popular, mas com um padrão de qualidade que rendeu muitos elogios. Conforme Júlio Rodrigues, a casa optou por um programa segundo seu orçamento e sua agenda, o que resultou em comentários positivos ao buffet (O Marquês), como para a decoração e às delícias servidas, incluindo o “bolo-rei” e os “pastéis de nata”.
“Nós procuramos servir o melhor aos convidados”, disse lembrando que o programa não foi cansativo e acabou agradando a todos. Ângela Maria e o Coral com seu repertório especialíssimo foram destacados pelo dirigente. “Nós tentamos oferecer uma confraternização alegre, leve, descontraída e as pessoas vieram cumprimentar e elogiar, isso é muito bom porque as pessoas sempre estarão conosco”.
Na entrevista exclusiva ao Mundo Lusíada, o Dr. Júlio disse que é importante a entidade manter sua posição catalisadora e sua condição de “casa-mãe”, centralizando a comunidade portuguesa, seu folclore, a arte brasileira e a luso-brasileira, “queremos que as pessoas se lembrem da Casa de Portugal como o ponto de encontro da nossa comunidade, o ponto de agrupamento da sociedade portuguesa. Portanto nós temos que nos unir, não só aqui, mas em todas as casas. Temos que respeitar as diferenças, os clubes, suas origens e as pessoas”, disse.
Júlio Rodrigues enfatizou que é importante a comunidade se centrar na Casa de Portugal, que é, conforme ele, um marco que tem se mantido em um padrão elevado e deixou votos de sucesso para 2006: “Eu desejo que nós todos tenhamos um ano muito auspicioso, que Deus abençoe todas as casas, as associações, os nossos lares, os nossos familiares e amigos”, falou lembrando que 2006 é um ano importante, de decisões políticas no Brasil e em Portugal, dizendo que as pessoas precisam refletir e não repetir os erros para caminhar para um futuro promissor.
“O Brasil está em um vértice de ser um grande país, maior do que já é”, referiu profetizando que o Brasil será um dos cinco maiores do mundo nas próximas três décadas. “Eu quero que as pessoas tenham orgulho de serem brasileiras, tenham educação, emprego, saúde e mais: orgulho de terem origem portuguesa” finalizou.