Casa Ilha da Madeira de São Paulo comemora 39 anos

Odair SeneMundo Lusíada

 

Mundo Lusíada

>> Entre os homenageados esteve Dr. Julio Rodrigues, ao lado de diretores e autoridades.

Dia 1º de julho, a Diretoria e o Conselho da Casa Ilha da Madeira de São Paulo recebeu muitos convidados para a comemoração de seu aniversário de 39 anos de fundação.

Data em que comemorou-se também o Dia da Madeira (por sua autonomia) e ainda o Dia das Comunidades Madeirenses.

Para tal comemoração, esteve presente (pela primeira vez em visita oficial) o Secretário do Plano de Finanças do Governo da Região Autônoma da Madeira, José Manuel Ventura Garcês, que estava acompanhado da esposa Rita Silvana Gomes Carvalho.

Por propositura do vereador Toninho Paiva, realizou-se uma Sessão Solene na sede da casa na Zona Norte de São Paulo, para a qual foram prestadas diversas homenagens com diplomas e trocas de mimos entre autoridades.

A mesa das autoridades foi composta pelo presidente José Manuel Dias Bittencourt, o vereador Toninho Paiva, o secretário madeirense José Manuel Ventura Garcês, Antonio de Almeida e Silva- presidente do Conselho da Comunidade, Antonio Júlio Rodrigues Machado- presidente do Banco Banif Brasil, também presidente da Casa de Portugal e um dos homenageados; José Rufino Teixeira- presidente do Conselho Deliberativo, João Pires Pereira- Casa dos Açores, Artur Andrade Pinto- Arouca SP Clube, Laurentino Gonçalves Vilar- Casa dos Poveiros, Nelson Pereira da Silva- Hospital Vasco da Gama, André da Silva Magalhães- Casa de Portugal do ABC e Francisco Acácio- vice-presidente da CIM. A solenidade teve início com as execuções dos hinos de Portugal e Brasil pela corporação musical do 2º Comando Militar Sudeste, sob regência do maestro Sargento Marques.

Primeiro a discursar, Antonio de Almeida e Silva despejou elogios aos madeirenses e disse que em São Paulo “essa gente têm feito obras extraordinárias”, citando a própria casa como exemplo de um marco representativo.Em sua fala o secretário referiu sobre a formação, evolução e atual condição, social, política e econômica da autônoma Ilha. Elogiou a qualidade dos emigrantes que vivem em São Paulo e se mostrou feliz em ver que sua gente mantém as raízes, a cultura e seus costumes, dizendo que “isso é a prova que o elo de ligação com suas origens não acabou”. “As comunidades madeirenses onde se encontrem radicadas são exemplos da capacidade empreendedora, do espírito de sacrifício e do saber enfrentar o desafio do desconhecido, sempre com esperança”, disse.

Depois de citar a situação geográfica da Ilha localizada no percurso das rotas inter-continentais entre Europa e América do Sul, atribuiu tanta imigração às poucas condições de futuro, incluindo sucessivas crises, pouco desenvolvimento e falta de apoio do poder central sediado em Lisboa, motivos que teriam, como disse, “provocado abalos” nas famílias madeirenses e conseqüentemente grandes migrações para países como o Brasil.

Segundo José Manuel, hoje a Ilha se transformou, de uma região atrasada e sem futuro a índices de desenvolvimento superiores à média do país, registrando a níveis europeus, o melhor desempenho econômico e social.

Conforme o secretário, comemora-se portanto o “dia em que se quebraram as amarras com o passado da submissão e da pobreza”, e voltou a pedir que os madeirenses de São Paulo nunca se esqueçam da Madeira.

Uma das figuras mais queridas pelos madeirenses, o economista Júlio Rodrigues falou de improviso citando a entidade como “expressiva” a qual ele conheceu em 1986/87, quando foi convidado pelo governo americano para representá-los em uma missão na altura que foi criado o Instituto de Desenvolvimento Regional da Madeira, um órgão de apoio à Secretaria Regional do Plano de Finanças, que tem como missão a coordenação das atividades e planejamento e de monitoramento do modelo de desenvolvimento regional, bem como a coordenação e gestão da intervenção dos fundos comunitários na RAM.

Outro destaque do Dr. Júlio foi a recordação de sua infância na região da sede, dizendo que cresceu no bairro Santa Inês-Tremembé, e conviveu sempre muito próximo da Casa Ilha da Madeira. “Nós portugueses-madeirenses conseguimos dar a volta, nós transformamos o pouco em muito e nós conseguimos muito. E uma coisa que eu sempre digo é que os madeirenses são um exemplo em termos de ganhar dinheiro, e de guardar dinheiro”, disse reforçando o apoio que tem dado à casa.

O vereador Toninho Paiva, proponente da sessão, falou em seguida e novamente ouviu-se elogios à casa, à comunidade e aos grupos folclóricos. Assim como o presidente Bittencourt, que fez referências ao início da formação desta comunidade, as dificuldades e citou antigos dirigentes que se empenharam para que a comunidade tivesse a representatividade que hoje tem.

O presidente Bittencourt fez ainda referências aos grupos folclóricos, à Padroeira Nossa Senhora do Monte e os ex-presidentes: João da Cruz, Jaime de Nóbrega, César Fernandes Rosa, Francisco Evaristo Teixeira, José Rufino Teixeira, Adriano de Gouveia e Samuel Afonso Jardim; além dos responsáveis pelos grupos: Dr. Pedro Gonçalves e Maria Sardinha (juvenil); e Jaiminho e o Paulo (adulto).

Encerrados os discursos houve diversas trocas de mimos entre a casa, visitantes e autoridades. Após longos e largos elogios ao radialista Martins Araújo, pelo protocolo, deu-se início às homenagens com diplomas para um grande grupo de colaboradores. Dentre eles o próprio Martins, o dirigente do Banif, Júlio Rodrigues, José Rufino Teixeira, o advogado Vasco Câmara, Cidônio Gomes, Rosa Paduan, Oswaldo de Sousa, Jaime Nóbrega, Fernando dos Santos e Maria Sardinha Gonçalves, todos com diploma.

A sessão foi encerrada após intervenção da poetiza e escritora Maria Natividade que declamou poemas em homenagem à casa. E o grupo folclórico animou o ambiente com suas modas madeirenses já durante o coquetel servido aos presentes.

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