“Casa dos Açores de SP não é uma ilha”, diz representante do governo nos 35 anos de fundação

Antonio Arruda, vereador Toninho Paiva, Marcelo Guerra, e Dra. Alzira Serpa Silva.
Antonio Arruda, vereador Toninho Paiva, Marcelo Guerra, e Dra. Alzira Serpa Silva.

Por Vanessa Sene

N último 21 de junho, a Casa dos Açores de São Paulo promoveu a sua comemoração de 35 anos de fundação com a presença de autoridades e dirigentes associativos de São Paulo. O evento foi abrilhantado com a apresentação do Coral Cantares do Basalto, seguido do folclore regional com o G.F. da Casa dos Açores. O evento foi regado a muita bacalhoada e acompanhamentos preparados pelo departamento feminino da entidade.

Em representação ao governo dos Açores, esteve presente a Dra. Alzira Maria Serpa Silva, adjunta da presidência da Assembleia Legislativa da Região Autônoma dos Açores. O vereador Toninho Paiva também esteve presente quando homenageou a diretoria da casa entregando um mimo ao presidente Marcelo Guerra. Esteve também presente no evento o vereador Fernando Betti, da Câmara Municipal de São João da Boa Vista.

Em visita oficial ao Brasil, Dra. Alzira Serpa Silva falou com o Mundo Lusíada sobre a Casa dos Açores na diáspora açoriana. “Esta casa tem vários méritos extraordinários, tem o mérito de conseguir fazer o plantio da cultura açoriana por 35 anos nesta enorme metrópole que é São Paulo, tem o mérito de chegar às escolas e aos alunos brasileiros, tem o mérito de conservar as várias tradições como do Espírito Santo, conseguir ser como uma ‘embaixada’ dos Açores em São Paulo” diz, citando o apoio mútuo entre as associações e os órgãos públicos no país.

Neste esforço conjunto, Dra. Alzira cita o trabalho desenvolvido pela Casa dos Açores em que “abraça” as várias vertentes, em colaboração com “o Consulado Geral, com a comunidade açoriana, de abrir portas à comunidade madeirense e portuguesa, tudo isso são méritos que alargam o âmbito da Casa dos Açores, e faz com que ela cada vez mais seja uma força local e merece todo o apoio que os Açores, em Portugal, possam dar neste esforço”.

Segundo ela, as associações na diáspora açoriana têm suas dificuldades próprias, sendo uma realidade diferente trabalhar em São Paulo. “Percebemos que aqui a casa consegue chegar ao Brasil, não é uma casa isolada, a Casa dos Açores de São Paulo não é uma ilha, é um pouco dos Açores no Brasil e é isso que nós queremos, que o Brasil conheça Portugal e conheça os Açores” declarou ao Mundo Lusíada.

Em sua deslocação ao país, Dra. Alzira esteve em conversas com autoridades no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, e Rio de Janeiro. Segundo ela, as Assembleias Legislativas em Porto Alegre e Florianópolis foram bastante receptivas, ficou agendado uma representação do RS para assinatura de um convênio nos Açores, em Santa Catarina uma delegação também irá marcar uma data para assinatura do convênio, além de uma comitiva dos Açores que também virá ao Brasil, assinando o convênio nos dois lados do Atlântico. O protocolo de intercâmbio pretende ser finalizado em setembro com diversas áreas englobadas, sendo a cultural o ponto de partida.

No Rio, a Dra. Alzira esteve com a comunidade açoriana, além de visitar o Real Gabinete Português de Leitura e a participação na Academia Luso-Brasileira de Letras no RJ da tomada de posse do Senador Bernardo Cabral da cadeira de Antero Quental, um grande pensador português e poeta açoriano. “Tive a honra de partilhar esse momento grandioso” finalizou ela citando que foi um enorme prazer rever tantos amigos no Brasil.

Uma casa bem representada

Ao Mundo Lusíada, o presidente da casa disse que a visita vinda direto dos Açores foi uma grata surpresa para o evento de aniversário, além da presença de autoridades locais. “Demonstra cada vez mais a importância da Casa dos Açores na comunidade luso-brasileira, não só de São Paulo como do Brasil” diz Marcelo Guerra. “Tudo correu bem, a casa cheia e todos alegres comemorando os 35 anos da casa”.

A gestão dessa diretoria e também do conselho da casa termina no mês de outubro, e já existe a possibilidade de reeleição do mesmo corpo diretivo. Recentemente a casa fez uma reformulação em seus estatutos, adequando a sua realidade atual, além da mudança de perfil para obter beneficio fiscal, principalmente com relação ao IPTU. Nas próximas eleições, o mandato, também alterado, será de três anos para a diretoria e quatro anos para o conselho. “Os componentes principais da diretoria vão continuar, existe uma parceria muito interessante da diretoria administrativa com o conselho de administração da casa, e essa interação tem que permanecer”.

Logo_Galeria-de-ImagensO governo dos Açores já contribui com um subsidio mensal para a casa em São Paulo, e também existe um novo projeto que é a gravação de um CD do seu grupo folclórico, que poderá também ter apoio direto ou indireto do governo dos Açores.

1 comentário em ““Casa dos Açores de SP não é uma ilha”, diz representante do governo nos 35 anos de fundação”

  1. Vanessa,
    Parabéns pela matéria registrada aqui, retratando de forma autentica a comemoração dos 35 Anos da Casa dos Açores de São Paulo.
    Receba o carinho de todos nós da Casa dos Açores de São Paulo.
    Mais uma vez parabéns pela linda matéria.
    Abraços Açorianos.
    Glauce Paes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fliporto anunciou edição 2025 em Aveiro, Portugal

Por Ígor Lopes Foi encerrada, no último domingo em Olinda, no nordeste brasileiro, a edição 2024 da Festa Literária Internacional de Pernambuco. Um evento que teve lugar no Mercado Eufrásio Barbosa. Esta festa literária atraiu mais de cinco mil pessoas

Leia mais »