Mundo Lusíada
Com Lusa
O primeiro-ministro, Passos Coelho, participou da assinatura de uma carta de compromissos que une a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e os institutos politécnicos de Bragança e Viseu, as comunidades intermunicipais deste território, Alto Tâmega, Douro e Terras de Trás-os-Montes, e as associações empresariais (ACISAT, NERVIR e NERBA) na luta pelo desenvolvimento do território.
Pedro Passos Coelho, afirmou em Vila Real, que a carta de compromissos assinada por nove instituições é um exemplo pioneiro para o acesso a fundos comunitários, que espera agora que sejam melhor aplicados.
“A solução aqui apresentada parece, desse ponto de vista, pioneira. Anda à frente daquilo que nós precisamos que se passe em outros territórios. Quanto mais integrado os projetos e as candidaturas mais a possibilidade de serem bem sucedidos e poderem ir ao encontro das necessidades”, salientou o governante.
“A minha presença aqui também simboliza o compromisso do Estado, em termos de condução geral e de administração central, de poder ser um parceiro deste compromisso estabelecido entre todas estas partes essenciais ao desenvolvimento”, frisou.
Esta união pode ajudar no acesso aos fundos do novo quadro comunitário, o Portugal 20/20, que o primeiro-ministro espera agora que sejam melhor aplicados. “Só assim se justifica que ao fim de tantos anos a dispor de tantos instrumentos de desenvolvimento e de convergência econômica, não tenhamos conseguido nem corrigir as assimetrias do território nem convergir com a maior parte dos países europeus”, salientou.
E, para o primeiro-ministro, o “compromisso assumido é uma primeira abordagem, um primeiro passo para corrigir algumas das insuficiências do passado”.
“Queremos que os próximos sete anos possam ser anos em que o essencial dos nossos recursos possam estar voltados para as qualificações dos portugueses e para garantir uma maior coesão do país e convergência econômica de modo a termos também um sinal de progresso que nos aproxime mais dos nossos parceiros europeus”, frisou.
E quanto ao que correu menos bem, o chefe de Governo deu o exemplo da formação profissional. “Temos batalhões de funcionários que não fazem outra coisa senão conferir faturas e até processar pagamentos e nós temos o desemprego estrutural que temos, muito elevado como todos sabem, e temos as dificuldades que ainda hoje subsistem ao nível das qualificações profissionais”, acrescentou.
Sublinhando ainda que, “depois de uma dezenas de anos a usar o fundo social europeu isto é pouco compreensível”. “Só podemos chegar à conclusão de que muitas das ações que tiveram lugar, não tiveram a qualidade que se esperava. Nós temos que associar o nível de investimento para estas qualificações e esta formação ao nível de empregabilidade que devemos esperar em seu resultado”, afirmou ainda.
Antes desta cerimônia, o primeiro-ministro inaugurou o lar residencial da Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real, que abriu nove vagas e custou 800 mil euros.