Carnaval de Loulé teve público “memorável”, Sesimbra e Funchal também comemoram

Da Redação
Com agencias

Loulé, Foto Arquivo
Loulé, Foto Arquivo

Loulé recebeu “uma enchente memorável” de pessoas no segundo dia do Carnaval de Loulé, segundo o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vitor Aleixo, antecipando que esta venha a ser uma das edições mais concorridas.

O corso e as ruas da cidade estão repletas de foliões de todas as idades e mesmo entre os espectadores há muita gente que se disfarça com os temas mais diversos e muitos que se vestiram de acordo com o tema desta 110.ª edição do Carnaval de Loulé: a pirataria.

O clima ameno que se fez sentir durante o dia pode ser um dos fatores que atraíram foliões ao mais antigo carnaval português, mas no sábado a bilheteira já apresentou mais 500 entradas que no mesmo dia do ano passado e Vitor Aleixo vincou que ainda não se esgotaram os motivos para passar por este Carnaval cujo corso reabre na próxima terça-feira, dia 09.

“O Carnaval é espontâneo, nunca sabemos as surpresas que podem surgir, mas surgem sempre pela espontaneidade das pessoas”, observou.

Este ano, todos os 14 carros alegóricos e os 700 figurantes que animam o corso apresentam-se com o tema “O grande Naufrágio” que carro a carro vai revelando episódios da atualidade política, social e desportiva nacional com um toque de humor e sátira.

Entre o leque de “piratas” que participam nos carros alegóricos está o Capitão António “Gancho” Costa ao leme de uma caravela cor-de-rosa enquanto o Capitão Pedro “Gancho” Passos Coelho, que ganhou fama do terror dos mares nos últimos anos estará à deriva.

No recinto, a holandesa Andrea Hawm (52 anos), recente residente no Algarve, disse à Lusa assistir a este corso pela primeira vez e, apesar de não perceber bem a sátira política impressa em cada carro alegórico, disse estar entusiasmada com a animação do corso.

“Conheço o Carnaval da Alemanha, mas devo dizer que gosto muito deste porque apesar de ser numa cidade relativamente pequena o Carnaval é muito bom e as pessoas que o organizaram fizeram um trabalho muito bom”, comentou.

Aos 82 anos, Maria Fernandes, residente em São Brás de Alportel, contou que costuma assistir ao Carnaval de Loulé mas este ano notou alguma dificuldade em ver os carros alegóricos dada a quantidade de público presente na avenida do corso.

Este domingo, além da animação no tradicional corso de Carnaval na Avenida José da Costa Mealha, também a Praça da República esteve repleta de pessoas que assistiram ao programa de domingo da TVI que Vitor Aleixo vincou não ter retirado público ao recinto carnavalesco.

O sucesso já registrados nas bilheteiras é motivo de contentamento para a autarquia, entidade organizadora do evento, que assim vê aumentar as receitas, principalmente porque metade das receitas vão ser repartidas por várias instituições de solidariedade social do concelho.

Quem quer viver a folia carnavalesca louletana em toda a sua variedade pode ainda passar pelos corsos de Carnaval de Quarteira e de Alte, ambos com um cariz mais popular mas com grande personalidade.

30 mil em Sesimbra
Cerca de 30 mil pessoas assistiram no dia 07, segundo a autarquia, ao desfile de Carnaval na marginal da vila de Sesimbra, com seis escolas de samba e dois grupos de axé, que surgiu na década de 1980 no Brasil.

“Com este tempo fantástico, com esta marginal, com o mar, com o ritmo e o colorido, com toda animação das escolas de samba, é um dos melhores carnavais de sempre”, disse à Lusa a vereadora da Cultura na Câmara Municipal de Sesimbra, Felícia Costa.

“Esperamos ter cerca de 30 mil pessoas. Aliás, a vila de Sesimbra não comportará muito mais. A vila está cheia neste momento, o que significa que as pessoas já começaram a interiorizar que o Carnaval de Sesimbra é um dos melhores a nível nacional”, acrescentou a autarca sesimbrense.

Felícia Costa lembrou que, além do samba, Sesimbra tem também uma concentração de palhaços na segunda-feira, bem como as tradicionais cegadas, uma reposição das cantigas de escárnio e maldizer da Idade Média, com muita crítica social e política, e muita diversão durante as noites de Carnaval.

Certo é que o Carnaval de Sesimbra atrai gente de muitos pontos do país, uns porque já se habituaram a marcar presença todos os anos, outros porque ainda não tinham tido oportunidade de conhecer, como Inês Mendes, que veio do Ribatejo com a família para assistir ao carnaval sesimbrense.

“É a primeira vez e estou a gostar imenso. Venho da zona do Ribatejo. Gostava de ver o Carnaval de Sesimbra e este ano surgiu a oportunidade. E não desiludiu”, disse.

Para Tiago Silva, residente em Fernão Ferro, no Seixal, o Carnaval de Sesimbra está cada vez melhor, graças ao investimento da Câmara Municipal na requalificação da marginal.

“Acho que, acima de tudo, é a boa organização do Carnaval, é um local agradável aqui em Sesimbra. Tem sido feito um grande investimento na avenida, para receber o Carnaval”, disse.

Funchal
Milhares de pessoas, turistas e locais, concentraram-se no dia 06 na baixa da cidade do Funchal para ver passar o cortejo alegórico de carnaval da Madeira, um dos cartazes turísticos da região autônoma.

Nove trupes, envolvendo cerca de 1.200 pessoas, encheram a marginal do Funchal de luz e do colorido dos trajes e das decorações dos diversos carros alegóricos.

“Nunca se sabe, nunca se sabe, gosto de tudo o que é musica e animação, eu sou uma pessoa positiva e acho que, nestes momentos da vida, temos que ser positivos”, disse o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, quando questionado sobre se ponderava, um dia, participar no desfile.

Miguel Albuquerque chamou a atenção para “a noite fantástica” e para a ocupação hoteleira “muito boa”, acima dos 70%.

O ex-presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, integrou, como percussionista, a trupe “A Turma do Funil”, retomando uma prática interrompida em 2013. “Eu sou sempre do povo e estou com o povo e para o povo”, disse para justificar o regresso.

Dedicado ao tema ‘Madeira, Carnaval de Sonho’, a edição deste ano contou com um investimento do executivo de 293 mil euros e envolve 3.500 pessoas na organização.

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