Caravelas, Naus, tecnologia portuguesa das Descobertas!

Por Adriano Augusto da Costa Filho

Cinco séculos se passaram, de uma época parecida com a atual, na qual a humanidade cria poderosas naves, aviões, foguetes, onde existe toda uma tecnologia espetacular, que até fez o homem chegar a pisar o solo lunar.
E então, o que aconteceu em 5 séculos atrás? Quando tudo era minuciosamente escrito, minuciosamente detalhado e na qual os heróis portugueses da navegação empreenderam no mundo de sua época viagens espetaculares, por mares nunca dantes navegados, viagens históricas, na qual os navios seguiam por mares e regiões desconhecidas, que talvez jamais voltariam aos seus pagos.
A Caravela era um navio, que os portugueses naquele longínquo século inventaram, justamente na época das grandes navegações, era um navio de um tamanho médio e como tudo era por ordem do vento, as velas eram triangulares e ela foi inventada exatamente no século 15 e melhorada no século 16. Justamente ela era rápida na condução, de fácil manobra, como também, para os períodos de pouco sopro do vento ser manejadas por remos, continham 3 mastros e deslocavam no mar mais de 50 toneladas e também podiam ter uma população acima de 50 tripulantes.
Já a NAU, que na realidade era um navio de porte maior e era usada em viagens de um percurso maior, na realidade começaram a ser usadas já no século 15, inclusive tornaram-se também navios de guerra, mormente, por causa dos piratas que assolavam os mares da época e continham armamentos como canhões, os quais puderam ser colocados em até 100 bocas nas laterais das Naus e no século 15 a capacidade de transporte era de 200 toneladas, aumentadas no seu porte no século 16 para 500 toneladas e por essa razão os portugueses começaram a deixar de lado as Caravelas e utilizavam as Naus, todavia, tanto as Caravelas, como as Naus, eram barcos com características de naves armadas.
O conhecimento marítimo dos portugueses deveu-se à sua maestria em captar os ensinamentos dos antigos navegantes, uma vez que eles baseavam-se pelas estrelas, e mais tarde por um instrumento chamado “sextante” e a Caravela um navio muito bem feito, foi idealizado sobre os conhecimentos dos navegantes árabes, que em épocas passadas avançavam sempre pelos mares e especialmente pelo Mediterrâneo e chegavam ao Sul de Portugal, ali estabelecendo-se e navegando com os seus barcos, haja vista, o Porto de Sagres, local onde partiam os grandes navegadores portugueses, tanto com suas Caravelas, como com suas Naus.
Quando os portugueses iam criando novos mundos, novos países, mormente na Ásia já quase no fim do século 16, as Naus, eram muito bem armadas e com tonelagem acima de 600 toneladas, uma vez que, além de transportar homens, levavam outras ferramentas para o aperfeiçoamento das terras conquistadas.
Evidentemente que outros países possuíam as suas Naus, que nos séculos anteriores, ali pelo Mediterrâneo transportavam mercadorias dos portos do Mar do Norte, para os portos do Mediterrâneo, mormente para a península itálica, mas, com esse período de viagens costeiras, os portugueses sempre na vanguarda das viagens começaram a modificar as naves, para que pudessem enfrentar as viagens oceânicas.
Os portugueses, conhecedores dos mares, fizeram modificações muito relevantes nos seus barcos, criando a Nau redonda e em consequência da pirataria existente nessa época, começaram a montar artilharias em seus navios, que num crescendo foram introduzidas as famosas bocas de artilharia, chegando a conter 200 bocas, assim então pacificamente poderiam navegar para os seus destinos. Esses barcos tipo de guerra surgiram no século 17 e eram usados taticamente em confronto com navios guerreiros da piratagem e eles manobravam para todos lados, para poder atacar os navios adversários, todavia, essas Naus usadas pela armada marinha portuguesa não tem praticamente relação com as Naus usadas nos tempos das descobertas, estas, frágeis navios, e as outras, praticamente navios de guerra.
Portanto, já há 5 para 6 séculos Portugal estava à frente dos outros países e por essa razão aliados à fibra lusitana de um povo empreendedor, conquistou o mundo e levando para o futuro os grandiosos 08 países de Língua Portuguesa, deixando para nós, seus descendentes, um maravilhoso país com 200 milhões de habitantes, o Brasil, que fala tão somente em seu território total, a maravilhosa Língua de Portugal, hoje já falada por quase 300 milhões de pessoas no mundo inteiro, para honra e glória nosso querido e eterno PORTUGAL.

Por Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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