Da Redação
Com Lusa
O Governo de Cabo Verde apresentou nesta sexta-feira na Praia o projeto do futuro Museu da Diáspora, que, a partir da zona histórica da capital, pretende perpetuar a história dos movimentos migratórios e a memória da emigração cabo-verdiana.
O projeto do museu, da autoria do arquiteto cabo-verdiano César Freitas, foi apresentado pela ministra das Comunidades, Fernanda Fernandes, que sublinhou a importância deste novo museu para “um melhor conhecimento e valorização do papel da emigração em Cabo Verde”. “Será um museu vivo, dinâmico e interativo”, adiantou Fernanda Fernandes.
O museu, que irá ocupar um edifício na zona histórica da Praia, no Plateau, terá como ponto de partida a ideia de que “a mobilidade geográfica constitui um fenômeno estrutural da sociedade cabo-verdiana” que deixou “marcas nos quatro cantos do mundo”.
Além da uma exposição permanente alusiva à história da emigração cabo-verdiana, o museu pretende reunir uma série de testemunhos das várias comunidades no estrangeiro, além de serviço educativo destinado às escolas, ao estudo e à investigação desta temática.
Haverá também uma aposta na componente cultural com a presença constante de música e espaços reservados para manifestações culturais e restauração.
O edifício, que se encontra em estado de degradação avançada, será, segundo o arquiteto responsável, recuperado respeitando “tanto quanto possível” a construção original.
Será ainda ampliado com recurso a materiais locais e naturais e a construção terá também preocupações ambientais com o recurso a luz natural para iluminação, energias renováveis e recolha de água da chuva para uso no edifício.
A inauguração do Museu da Diáspora, que chegou a estar prevista para o ano passado, altura em que se assinalaram os 40 anos da independência do país, foi adiada por falta de verbas para a recuperação do edifício.
O projeto agora apresentado tem duração prevista de 12 meses e deverá custar 47 milhões de escudos (cerca de 430 mil euros), segundo o arquiteto.