Da Redação
Com Lusa
As autoridades cabo-verdianas receberam na sexta-feira 100 mil máscaras de proteção individual e 20 mil testes rápidos de covid-19 doados pelo Governo da China, segundo o diretor nacional de Saúde de Cabo Verde, Artur Correia.
“Acabaram de chegar a Cabo Verde, hoje. Nós temos 100.000 máscaras, 20.000 testes rápidos e mil outros equipamentos que não estão bem especificados”, disse Artur Correia, durante a habitual conferência de imprensa de balanço da pandemia no arquipélago.
“Está a organizar-se esse donativo, que vai com certeza ser muito bom para nos aliviar um bocado e estarmos mais preparados para responder a eventuais exigências que esta epidemia possa impor aos cabo-verdianos”, sublinhou o diretor nacional.
Cabo Verde continua a registar até ao momento cinco casos positivos de covid-19, um dos quais terminou na morte do doente.
Três casos foram registrados na semana passada na ilha da Boa Vista, dois turistas ingleses e uma turista dos Países Baixos. Um dos turistas ingleses, de 62 anos, acabou por morrer na segunda-feira e os restantes já regressaram aos países de origem.
Na cidade da Praia, ilha de Santiago, estão confirmados dois casos, um casal.
Trata-se do primeiro caso de transmissão local no país. O marido, cabo-verdiano, de 43 anos e residente na Praia, tinha regressado a Cabo Verde em 18 de março, proveniente de França num voo através de Lisboa, tendo ficado em isolamento e segundo o balanço feito hoje “inspira alguns cuidados”.
A esposa, de 41 anos e igualmente residente na Praia, foi posteriormente confirmada com covid-19, aguardando-se o resultado das análises às várias pessoas com que contactou nos últimos dias.
Todas as ligações interilhas estão suspensas no país, por decisão do Governo, para travar a progressão da pandemia no arquipélago, entre outras medidas restritivas.
O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, pediu hoje ao parlamento para aprovar a declaração de estado de emergência no país.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.
Dos casos de infecção, pelo menos 112.200 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.