Da Redação
Com Lusa
O Movimento para a Democracia (MpD, oposição parlamentar) repetiu a vitória nas eleições autárquicas de 01 de julho em Cabo Verde, ao manter 12 das 22 câmaras, com a possibilidade de juntar mais uma, segundo os resultados provisórios oficiais.
Os dados da Direção Geral de Apoio ao Processo Eleitoral (DGAPE) cabo-verdiana, contados que estão 94% dos votos, deixam apenas em aberto o município da Ribeira Grande de Santiago, ganho pelo MpD nas autárquicas de 2008 e onde a contagem dos votos começou atrasada, sendo pouca a diferença entre os dois candidatos.
Mais problemática está a contagem dos votos em Santa Catarina, também ganha pelo MpD em 2008, em que, segundo os dados da DGAPE, o candidato do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) terá saído vencedor com cinco votos de vantagem, num universo de mais de pouco mais de 15 mil eleitores
Segundo os dados da DGAPE, o MpD conquistou ao PAICV os municípios do Paul de Santo Antão, Tarrafal de São Nicolau e da Brava, perdendo para o partido no poder, pelo menos para já, Santa Catarina e Porto Novo de Santo Antão.
O MpD mantém as câmaras da Cidade da Praia (com maioria absoluta), São Vicente, Sal (apoiando a recandidatura do independente Jorge Figueiredo), Boavista, Maio, São Domingos, São Miguel e Tarrafal de Santiago.
O PAICV, por seu lado, terá conquistado Santa Catarina e Porto Novo de Santo Antão ao MpD, perdeu a Brava, Tarrafal de São Nicolau e Paul de Santo Antão, mantendo a da Ribeira Brava de São Nicolau, São Salvador do Mundo, Santa Cruz, São Lourenço dos Órgãos (estas três últimas na ilha de Santiago), além dos três municípios do Fogo – São Filipe, Mosteiros e Santa Catarina.
A confirmarem-se estes resultados, o MpD aumenta de 12 para 13 o número de câmaras e o PAICV desce de 10 para nove. A DGAPE continua sem avançar os dados da abstenção.
Globalmente, o MpD conta já com cerca de 46,5% dos votos, sem contar os obtidos na candidatura independente que apoia no Sal, contra 40% do PAICV.
Até agora, a DGAPE não divulgou os dados da abstenção da votação, para a qual estão inscritos mais de 282 mil eleitores, que escolheram, entre 57 candidatos, os 22 presidentes de câmara em que se divide administrativamente o arquipélago.
