Mundo Lusíada com Lusa
O atleta português Norberto Mourão conquistou a primeira medalha para Portugal na canoagem masculina caiaque singular VL2 – 200 metros, e faturou o Bronze em Tóquio nos jogos Paralímpicos 2020.
O presidente da Assembleia da República congratulou neste sábado o canoísta Norberto Mourão pela conquista da medalha de bronze no Japão, considerando que o atleta “representa o melhor do desporto” em Portugal.
“Em meu nome e em nome da Assembleia da República, felicito Norberto Mourão pela conquista da medalha de bronze na prova de 200 metros VL2, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio”, dá conta uma nota divulgada pelo gabinete de Eduardo Ferro Rodrigues.
O presidente do parlamento sustentou que o canoísta “representa o melhor do desporto nacional, muito prestigiando Portugal, e é credor da gratidão de todos os portugueses”.
Em nota, o Presidente da República também “felicita e agradece a Norberto Mourão” pela conquista da medalha de bronze, recordando que o também campeão europeu em título conquistou a primeira medalha paralímpica na canoagem para Portugal.
Mourão, que se estreou em competições paralímpicas, cronometrou 55,365 segundos, ficando a 2,288 do brasileiro Paulo Rufino (53,077), que se sagrou campeão paralímpico com a melhor marca da distância.
O canoísta português, que na quinta-feira conseguiu o apuramento direto para a final, terminou a prova a 316 centésimos de Igor Korobeynikov (55,681), do Comitê Paralímpico da Rússia, que foi quarto.
Histórico
O secretário de Estado da Juventude e do Desporto (SEJD) considerou hoje que Portugal viveu “um dia histórico” com a conquista de uma medalha de bronze e destacou o exemplo dado pelos atletas.
“Foi um dia histórico para a canoagem e para o desporto paralímpico português”, afirmou João Paulo Rebelo, pouco depois de ter assistido ao vivo à prova 200 metros VL2, na qual Norberto Mourão conquistou a medalha de bronze.
O governante, que nos últimos dias tem assistido às provas de atletas portugueses em Tóquio, enalteceu “a capacidade de sacrifício e superação dos atletas paralímpicos”.
“O Norberto é um bom exemplo disso, é alguém que pela fatalidade de um acidente resolveu pelo desporto fazer o que o desporto sabe fazer bem, que é valorizar-nos enquanto pessoas e, no fundo, dar oportunidades para a inclusão ativa na sociedade”, afirmou.
João Paulo Rebelo considerou que numa edição de Jogos Paralímpicos “realizada num período atípico, marcado pela pandemia de covid-19”, procurou trazer a Tóquio “a emoção de muitos portugueses”, que em condições normais estariam no Japão “a vibrar com a missão portuguesa”.
O SEJD lembrou ainda que o ciclo que agora termina foi “muito importante para o desporto paralímpico, porque houve equiparação das bolsas e dos prémios de mérito desportivo”.
Numa prova à qual também assistiu Vítor Pataco, presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, Norberto Mourão partilhou o pódio com o brasileiro Paulo Rufino, medalha de ouro, e com o norte-americano Steven Haxton, que conquistou a prata.
Portugal soma duas medalhas de bronze, conseguidas por Miguel Monteiro, no lançamento do peso F40, e Norberto Mourão, na canoagem, e 21 diplomas.
Os atletas portugueses Manuel Mendes, medalha de bronze no Rio2016, e Odete Fiúza são os últimos portugueses a entrar em prova nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, ao disputarem no domingo a maratona, que encerra a competição.
Com início marcado para as 06:50 locais (22:50 de sábado em Lisboa), a maratona tem partida e chegada ao Estádio Olímpico de Tóquio, e passagem em vários pontos da cidade.