Da Redação, Jornal Mundo Lusíada
Manuel de Almeida/LusaPortugal
SEMINÁRIO >> Da esq. para dir.) O Presidente da Comissão Executiva do BES, Ricardo Espírito Santo, o Embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Seixas da Costa, a Secretária do Turismo do Governo do Estado da Baia, Célia Bandeira, o Secretário de Estado e dos Assuntos Europeus, Manuel Lobo Antunes, o Embaixador do Brasil em Portugal, Celso Vieira de Sousa, a Presidente da Espírito Santo Cultura, Maria João Bustorff e o Presidente do Instituto Diplomático do MNE, durante o colóquio "1808-2008 e o futuro das relações econômicas Portugal/ Brasil", que se realiza no Hotel Tivoli, em Lisboa, 10 de Abril de 2008. |
O Brasil se afirma como potência econômica global, mas os agentes econômicos portugueses precisam de agressividade – mais do que da propalada afinidade cultural e lingüística – para captar grandes investimentos e exportar mais do que bacalhau e produtos tradicionais. No seminário "1808-2008 e o Futuro das Relações Econômicas Portugal-Brasil", que terminou dia 11 de abril, em Lisboa, dezenas de empresários, diplomatas e acadêmicos foram praticamente unânimes no enaltecimento do atual momento da economia brasileira e da oportunidade que o país representa para Portugal e para as empresas portuguesas, mas também foram identificados os empecilhos às relações econômicas bilaterais. O embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Seixas da Costa, e o embaixador brasileiro em Lisboa, Celso Vieira de Sousa, assumem existir uma "incapacidade" de ampliar o leque de exportações de Portugal para o Brasil e vice-versa. Já Luiz Felipe Lampreia, ex-embaixador do Brasil em Portugal e ex-chanceler brasileiro, defende que a situação "dificilmente vai mudar". As exportações portuguesas para o Brasil têm crescido, mas ainda são pouco significativas e de baixa incorporação tecnológica; a balança pende em larga medida para o lado do Brasil, que exporta derivados de petróleo. Basílio Horta, presidente da Aicep Portugal Global, afirma "não se resignar aos valores" do comércio bilateral e do investimento, "principalmente nesta fase", em que o Brasil está "em posição ascendente na cena econômica mundial", e se afirma confiante na evolução futura. Biodiesel Depois da CSN, que comprou a Lusosider, e da Embraer, que ganhou a privatização da OGMA, o próximo investimento significativo em Portugal por uma empresa brasileira pode ter como protagonista a Petrobras, que projeta uma fábrica de biodiesel em parceria com a Galp, disse à Lusa o responsável pela área internacional de biodiesel da Petrobras, Fernando José Cunha. "A segunda geração de produção de biodiesel poderá ser, certamente, muito importante para Portugal", considerou Cunha, adiantando que o plano estratégico da Petrobras contempla um investimento de US$ 1,5 bilhão entre 2008 e 2012 para a expansão dos biocombustíveis. Apesar do esforço oficial para promover Portugal como "rampa de lançamento" para o investimento na Europa, o fluxo é historicamente baixo. No ano passado, ficou em 92 milhões de euros (R$ 243 milhões) – a 19ª posição no investimento estrangeiro direto em Portugal. Já Portugal foi o maior investidor externo no Brasil entre 1998 e 2000, e, em 2006 e 2007, ocupou a 5ª posição. Turismo Depois da entrada das grandes Energias de Portugal (EDP), Portugal Telecom (PT) e Cimpor, hoje o turismo parece ser o principal ímã de investimento português no Brasil, estimando a Secretaria de Estado do Turismo da Bahia que o valor dos projetos de investimento ascenda atualmente a US$ 600 milhões. Para António Pita de Abreu, administrador do grupo EDP, Portugal precisa de "elites e liderança" e "jogar no ataque e não na defesa, como tem acontecido", para poder afirmar-se em um cenário de globalização em que o Brasil promete ser um ator fundamental. O embaixador Seixas da Costa aproveitou o colóquio para pedir atenção das autoridades brasileiras para a necessidade de desburocratizar e simplificar a vida das empresas que querem investir no país. Mesmo projetos realizados "de forma cuidadosa e cumprindo todas as regras", se deparam, muitas vezes e tardiamente, com questões ambientais, de patrimônio histórico e demarcação de terras indígenas, além de questões jurídicas que atrasam ou ameaçam o licenciamento dos empreendimentos, disse Seixas da Costa. Também o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira (CCILB), António Bustorff, identifica os "constrangimentos na legislação trabalhista, a burocracia e os impostos" como entraves a um maior desenvolvimento das relações econômicas e comerciais entre ambos os países. Triângulo virtuoso Ricardo Salgado, presidente do grupo Espírito Santo – que participou da organização do evento em conjunto com o Instituto Diplomático do Ministério das Relações Exteriores de Portugal – usou o Banco Espírito Santo como exemplo do que é possível fazer no “triângulo virtuoso” Península Ibérica – África – Brasil, principalmente por meio da associação entre empresas portuguesas e brasileiras. A idéia também foi defendida pelo embaixador brasileiro, que apontou Angola e o exemplo da parceria Galp-Petrobras. Os acadêmicos Adriano Moreira e Armando Marques Guedes salientaram a importância de o "Atlântico Sul" lusófono se afirmar na cena global, mas Braga de Macedo, ex-ministro luso das Finanças e presidente do Instituto de Investigação Científica e Tropical, defendeu que a "dimensão econômica da CPLP" não está avançando por falta de conhecimento mútuo entre os oito países lusófonos. Luiz Filipe Lampreia apontou para outra importante oportunidade para as empresas portuguesas: tirar partido do envolvimento da Galp Energia enquanto acionista da sociedade que vai explorar uma das maiores reservas de petróleo mundiais – a Tupi, na Bacia de Santos – em parceria com a Petrobras. O colóquio teve o patrocínio institucional do presidente português, Aníbal Cavaco Silva, e terá uma segunda edição, em outubro, na capital baiana. Com Agencia Lusa Portugal
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