Brasil registra 4.256 casos confirmados de coronavírus e 136 mortes

Passageiros e funcionários circulam vestindo máscaras contra o novo coronavírus (Covid-19) no Aeroporto Internacional Tom Jobim- Rio Galeão Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Da Redação
Com agencias

O Brasil registrou neste domingo (29) 4.256 casos confirmados de coronavírus. De acordo com as informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde de todo o país até as 16h, o número de óbitos aumentou de 114 para 136 em 24h.

As mortes estão localizadas nos estados do Amazonas (1), Bahia (1), Ceará (5), Pernambuco (5), Piauí (1), Rio Grande do Norte (1), Rio de Janeiro (17), São Paulo (98), Distrito Federal (1), Goiás (1), Paraná (2), Santa Catarina (1) e Rio Grande do Sul (2).

Nesta segunda-feira, o Senado vota o pagamento de um auxílio emergencial por três meses, no valor de R$ 600, destinado aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), havia confirmado a data da votação em postagem no Twitter, na última sexta-feira.

Alcolumbre continua se recuperando após ser diagnosticado com o novo coronavírus. Quem tem comandado as sessões remotas é o vice-presidente, senador Antonio Anastasia (PSD-MG).

Pelas manifestações de senadores nas redes sociais, a expectativa é que a medida seja aprovada sem objeções. Inicialmente, na primeira versão do relatório, o valor proposto era de R$ 500. Após negociações com o líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), o Executivo decidiu aumentar para R$ 600 e a proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (26).

O auxílio é voltado aos trabalhadores informais (sem carteira assinada), às pessoas sem assistência social e à população que desistiu de procurar emprego. A medida é uma forma de amparar as camadas mais vulneráveis à crise econômica causada pela disseminação da covid-19 no Brasil, e o auxílio será distribuído por meio de vouchers (cupons).

Isolamento

Durante a coletiva de sábado, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, explicou que agora é um momento que o Brasil precisa se unir e andar na mesma direção para passar pela crise com o menor estrago possível. “Precisamos ter racionalidade e não nos mover por impulso. Vamos nos mover pela ciência, pela parte técnica, com planejamento e pensando em todos os cenários. Não podemos agir pensando individualmente, mas coletivamente. É hora da União, estados, municípios e população estarem bem alinhados para enfrentarmos juntos essa fase ruim”, explicou Mandetta.

O Ministério da Saúde promoverá reuniões durante a semana com as secretarias estaduais e municipais de saúde para traçar planos que contemplem a saúde e a economia ao mesmo tempo, de forma sincronizada. O momento de isolamento social se faz necessário para que o Sistema Único de Saúde (SUS) tenha tempo de preparar melhor a estrutura e os profissionais de saúde, o que deve ajudar a reduzir os casos de pessoas infectadas e, principalmente, óbitos.

“O tempo que nós temos para nos prepararmos melhor é agora. Temos que regularizar o abastecimento correto dos Equipamentos Individuais de Proteção (EPIS) para os profissionais de saúde, caso contrário vamos rapidamente perder força de trabalho e teremos muita dificuldade. Agora temos que poupar o sistema de saúde e não sobrecarregá-lo”, ponderou Mandetta.

Durante a semana, a pasta observará e alinhará os parâmetros conforme a necessidade de cada estado para que economia e saúde andem juntos. “Onde for preciso apertar ou afrouxar mais nós faremos, mas sempre juntos. Vamos com ética, disciplina e foco. Estou com os cabeças brancas da medicina andando comigo. Agora é hora de unir todo mundo, vamos ter dias difíceis, mas podemos amenizá-los muito”, concluiu o ministro.

No dia 28, a justiça brasileira proibiu o Governo de Jair Bolsonaro de “promover peças publicitárias” que incentivem o regresso ao trabalho e contrariem as medidas restritivas impostas pelos governadores regionais para conter a propagação da covid-19.

A decisão da juíza de turno Laura Bastos Carvalho, do Rio de Janeiro, deu seguimento a um recurso do Ministério Público (MP) contra possíveis campanhas publicitárias institucionais que incentivem os brasileiros a voltar à normalidade sem ter por base “documentos técnicos”.

Para o MP, esse tipo de mensagens “poderia agravar o risco de propagação” da covid-19 no Brasil, que em apenas um mês já registou 92 mortos e quase 3.500 casos confirmados, segundo o último balanço do Ministério da Saúde.

Na decisão, a juíza Laura Carvalho referiu-se concretamente a uma campanha cuja divulgação estava em preparação, com o título ‘Brasil não pode parar’, mas que já circulava nas redes sociais, tendo sido partilhada por Flávio Bolsonaro, o filho do Presidente brasileiro.

O vídeo é atribuído ao Governo, mas o gabinete de Comunicação Social da Presidência nega a sua divulgação, admitindo que o vídeo era apenas “experimental” e que não chegou a ser aprovado para divulgação nos canais oficiais.

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