Brasil passa os 10 milhões de casos, em meio a variantes do vírus e acusação de “incompetência”

Governo de São Paulo inicia testes com vacina contra o novo coronavírus.

Da Redação

O Brasil ultrapassou 10 milhões de infecções pelo novo coronavírus (10.030.626), no momento em que o registro do primeiro caso no país está prestes a completar um ano. O último boletim do Ministério da Saúde brasileiro contabiliza 51.879 diagnósticos de covid-19 nas últimas 24 horas, 243.457 mortes com a doença, sendo 1.367 óbitos entre quarta e quinta-feira.

O país registra a expansão de uma nova estirpe detectada no Amazonas, com o primeiro caso detectado em 26 de fevereiro de 2020.

Das 27 unidades federativas do Brasil, São Paulo é a que concentra o maior número de infecções (1.949.459), seguido por Minas Gerais (822.448), Bahia (643.244) e Santa Catarina (627.386). Já os Estados com mais óbitos são São Paulo (57.240), Rio de Janeiro (31.882), Minas Gerais (17.249) e Rio Grande do Sul (11.609).

Atrasos na vacinação
Alguns especialistas criticam o plano nacional de distribuição das vacinas pelo Brasil, que nesta fase prioriza profissionais de saúde e idosos com mais de 85 anos. O Ministério da Saúde responsabilizou o Instituto Butantan em SP por atrasos na entrega de doses.

O Governador João Doria contestou o pronunciamento do Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco. Segundo Doria, o Instituto Butantan já entregou 9 milhões e 800 mil doses de vacinas para a imunização nacional, e que 9 de cada 10 brasileiros estão recebendo a vacina do Butantan.

Ainda, destacou desgaste diplomático causado pelo governo brasileiro em relação à China na causa de atrasos no envio da matéria-prima necessária para a produção da vacina.

“É inacreditável que o Ministério da Saúde queira atribuir ao Butantan a responsabilidade pela sua incompetência, ineficiência e incapacidade, que está acarretando a falta de vacina nas cidades, nos estados e no país”, afirmou Doria.

O Instituto Butantan já entregou o que corresponde a 90% de todas as vacinas usadas na rede pública do país. Segundo o instituto de São Paulo, lotes já foram antecipados. “Por meio de um grande esforço de produção será possível antecipar de setembro para agosto a entrega do total de 100 milhões de doses contratadas. A partir do próximo dia 23 de fevereiro está prevista a entrega de 3,4 milhões de doses, em oito entregas diárias de 426 mil”.

Segundo informou nesta sexta-feira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve receber até ao fim da próxima semana mais 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca contra a covid-19, produzida pelo Instituto Serum, na Índia, para rotulagem e distribuição pelo Programa Nacional de Imunizações.

Mais 8 milhões de doses estão previstas pelo acordo com os parceiros AstraZeneca e Instituto Serum, mas ainda não há data prevista para o recebimento. Em janeiro deste ano, a Fiocruz já havia recebido 2 milhões de doses da vacina.

Variantes no Rio
Enquanto isso, as secretarias estadual e municipal de Saúde do Rio de Janeiro confirmaram novas variantes do coronavírus do Reino Unido e de Manaus, estão circulando na cidade do Rio de Janeiro. É provável também que estejam circulando em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

A constatação foi feita com base em um estudo desenvolvido com uma pessoa contaminada pela variante do Reino Unido e quatro contaminadas com a cepa de Manaus.

A Subsecretaria Estadual de Vigilância em Saúde alerta ainda para a possibilidade de as variantes já estarem em outros municípios, devido à alta circulação entre pessoas na região metropolitana do Rio.

Dos quatro casos registrados com a variante de Manaus, dois são moradores da capital e estão recuperados. Um é um paciente transferido de Manaus que permanece internado no Hospital Federal do Servidor. O quarto é um morador de Belford Roxo, foi transferido para o Rio e faleceu.

Os moradores do Grande Rio contaminados com as novas cepas não viajaram recentemente, nem tiveram contato com pessoas que foram para locais onde já havia circulação dessas variantes.

Toque de recolher 
Na Bahia, começa a valer neste dia 19 o toque de recolher decretado pelo governador Rui Costa, com o objetivo de evitar aglomerações e conter o aumento dos casos no estado. A medida, anunciada no dia 16, determina que as pessoas devem ficar em casa das 22h às 5h e será aplicada até o dia 25 de fevereiro.

O toque de recolher recai sobre 343 cidades da Bahia, depois de a Vigilância Epidemiológica da Bahia ter confirmado também a transmissão comunitária da variante do coronavírus detectada no Reino Unido e a circulação da mesma linhagem do SARS-CoV-2 presente em Manaus.

De acordo com o decreto, durante o período de vigência do toque de recolher, além da circulação de pessoas em “vias, equipamentos, locais e praças públicas”, também ficam proibidas as atividades comerciais que não sejam essenciais.

Desde o início da pandemia, já foram confirmados mais de 640 mil casos do novo coronavírus no estado.

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