Brasil passa de 1 milhão de casos de Covid-19, Américas com metade dos novos casos

Mundo Lusíada
Com agencias

O Brasil bateu a marca de 1 milhão de casos confirmados, chegando a 1.032.913 confirmações. Segundo balanço diário do Ministério da Saúde divulgado neste dia 19, com 54.771 novos casos, o país chegou a 1,03 milhão de pessoas infectadas. O número marcou aumento de 5,5% em relação ao dia anterior.

A atualização da pasta também registrou 1.206 novas mortes registradas em função da covid-19. Com esses acréscimos às estatísticas, o país chegou a 48.954 óbitos em função da pandemia do novo coronavírus. O número marcou um crescimento de 2,5% no número de mortes em relação ao dia 18, quando o total estava em 47.748.

Os registros são menores aos domingos e segundas-feiras em função da dificuldade de alimentação dos dados aos fins-de-semana, e quantidades maiores às terças-feiras, em razão do acúmulo de notificações atualizadas no sistema.

A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4,7%. A mortalidade (falecimentos por 100.000 habitantes) foi de 23,3. Já a incidência (casos confirmados por 100.000 habitantes) ficou em 491,5. Do total, 476.759 estão em observação e 507.200 foram recuperados.

São Paulo liderava entre os estados com maior número de mortes, com 12.232, seguido por Rio de Janeiro (8.595), Ceará (5.460), Pará (4.469) e Pernambuco (4.102). Ainda figuram entres as unidades da federação com altos índices de óbitos em função da pandemia Amazonas (2.624), Maranhão (1.645), Bahia (1.305), Espírito Santo (1.265), Alagoas (848) e Paraíba (724).

A lista dos estados com mais casos é: São Paulo (211.658), Rio de Janeiro (93.378), Ceará (89.863), Pará (80.072) e Maranhão (68.500).

Em São Paulo, o Governador João Doria anunciou nesta sexta-feira a ampliação da testagem que prevê a realização de 233,7 mil exames, prioritariamente em populações vulneráveis, dentre elas indígenas e idosos em abrigos, além de categorias do funcionalismo público como profissionais do sistema penitenciário.

Sobre os casos, em nota, o Ministério da Saúde informou que o aumento registrado se deu, em parte, devido a uma instabilidade na rotina de exportação dos dados relatados, principalmente, pelos estados da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo na última quinta-feira (18). A nota do ministério informa que, juntos, os três estados representaram um incremente de 27.436 casos novos em relação ao dia anterior.

Ainda assim, o governo divulgou orientações gerais para controle e prevenção da epidemia, e apoio às estratégias locais para retomada segura das atividades e do convívio social, respeitando as especificidades e características de cada setor ou ramo de atividade. Caberá às autoridades locais e aos órgãos de saúde locais decidir, após avaliação do cenário epidemiológico e capacidade de resposta da rede de atenção à saúde, quanto a retomadas das atividades.

“A portaria é resultado do trabalho conjunto do Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Consaems). São orientações amplas, que atendem e orientam qualquer atividade, desde uma reunião de condomínio até os espaços públicos. Elas servirão de apoio ao gestor para quando for flexibilizar as ações de distanciamento, consiga, com medidas de prevenção, mitigar a contaminação coletiva da população. Também a partir da avaliação epidemiológico e capacidade de resposta da rede de saúde, o gestor poderá dar um passo atrás, caso haja aumento de casos”, explicou o secretário Elcio Franco, do Ministério da Saúde.

Casos na América

Alerta feito pela Organização Mundial da Saúde, OMS, cita mais de 150 mil novas infecções registradas num prazo de apenas 24 horas, em 18 de junho. De acordo com o diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyus, quase metade dessas ocorrências foi reportada nas Américas, mas o sul da Ásia e o Oriente Médio também tiveram uma alta no número de casos.

Ao ser perguntado sobre o Brasil, o diretor-executivo de emergências da OMS, Mike Ryan, citou mais de 22 mil casos confirmados e cerca de 1.230 mortes reportadas na quinta-feira. São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande de Norte, Espírito Santo e Pernambuco têm o maior número de novas contaminações.

Ryan afirmou que existe um cenário variado com o nivelamento de casos, em algumas áreas, e uma subida contínua em outras áreas.

Entre os profissionais da linha de frente houve 15 mil médicos infectados e 19 mil enfermeiros, o que totaliza 40 mil casos incluindo outros técnicos hospitalares. Os trabalhadores de saúde representam cerca de 12% de infectados no Brasil.

O chefe de emergências da OMS elogiou a coragem e o profissionalismo demonstrados nas últimas semanas por esses profissionais. Ele destacou que as unidades de cuidados intensivos continuam lidando com a situação difícil com “o persistente aumento de casos e a pressão do sistema”.

Ao comentar a situação no mundo, o diretor-geral disse que com a subida de casos em nível global começa uma nova e perigosa fase.

Tedros Ghebreyesus lembrou que as pessoas estão, compreensivelmente, cansadas de ficar em casa. Mas declarou entender que países estejam ansiosos em abrir sociedades e suas economias, ao advertir que o vírus continua se espalhando rápido, é mortal e muitos continuam expostos.

Tedros recomendou especialmente aos países que busquem, isolem, testem, cuidem dos casos e rastreiem os contatos para colocar em quarentena. No total, até esta sexta-feira foram notificados 8.385.440 casos confirmados de Covid-19, incluindo 450.686 mortes.

O diretor-geral da OMS também expressou profunda preocupação com “o perigo real e atual da transmissão generalizada da Covid-19” em campos de refugiados.

A OMS destacou ainda que perante o plano de retomada de atividades pelos países que veem algum sucesso é preciso ter a certeza que “esse tempo seja usado de forma sábia” para detectar o ressurgimento de casos.

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