Da Redação
As Nações Unidas divulgaram na quinta-feira os Indicadores de Propriedade Intelectual Mundial 2019.
A publicação da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, Ompi, em Genebra, analisa categorias como patentes, marcas, projetos industriais, variedades vegetais, indicações geográficas e indústria editorial.
Brasil e Portugal estão ao lado da China, da Rússia e do Reino Unido no grupo de cinco nações que a agência destaca pelo “grande aumento” no registro de proteção de marca em relação ao Produto Interno Bruto, PIB, entre 2008 e 2018.
Já no registro de patentes, o Brasil é o terceiro país com o maior crescimento global com 9,8%, atrás da Índia com 20,8% e da França com 10,5%.
O Brasil destaca-se ainda nas vendas online, em terceiro lugar, com 25,5% do total global. A lista é encabeçada pelo Reino Unido com 51,5% e depois os Estados Unidos com 41,5%.
De acordo com o relatório, a Ásia representa mais de dois terços de todas as solicitações de patentes, marcas comerciais e projetos industriais de 2018.
A China lidera o crescimento global na demanda por direitos de propriedade intelectual. O país registrou um recorde de 1,5 milhão de pedidos, que correspondem a 46,4% do total global.
Os Estados Unidos mantêm a liderança em termos de solicitações que foram feitos nos mercados de exportação. O país teve 597.141 solicitações, seguidos do Japão com 313.567 e da Coreia do Sul com 209.992.
O levantamento anual sobre a atividade de propriedade intelectual em todo o mundo coloca Angola entre as nações que mais cresceram no registro de patentes por ano durante a década analisada, com 23,6%. O país vem atrás da África do Sul e do Suriname.
Quanto às marcas registradas localmente e pela origem, o Brasil está na frente dos países lusófonos com 191.813, Portugal com 27.892 Moçambique com 4.809, Angola 2.121; Cabo Verde 144 e São Tomé e Príncipe com 1.628.
A indicação geográfica reflete a ligação entre a qualidade, a reputação ou a característica de um bem e o seu local de origem. Nesse aspecto, Portugal está na sétima posição global com 5.998 registros. A categoria é liderada pela Alemanha.
O estudo aponta ainda o total de livros depositados em um repositório reconhecido, estando 21.668 exemplares registrados pela Biblioteca Nacional do Brasil e 17.315 na Biblioteca Nacional de Portugal.