Da Redação
Com EBC
A 5ª Rodada de Licitações de Partilha de Produção em áreas do pré-sal terminou na manhã desta sexta-feira com todos os blocos arrematados por empresas do setor. Com o leilão, a União arrecadará R$ 6,820 bilhões em bônus de assinatura e contratou um investimento previsto de R$ 1 bilhão no setor.
Foram oferecidos quatro blocos nas bacias de Santos e Campos, e 12 empresas estavam inscritas para fazer lances.
A Petrobras exerceu seu direito de preferência pelo bloco de Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos, mas acabou sendo a única empresa a apresentar proposta. A estatal ofereceu à União o percentual mínimo de 10,01% sobre a produção de óleo e terá que pagar ainda um bônus de assinatura de R$ 70 milhões.
A primeira área ofertada foi o bloco de Saturno, arrematado por um consórcio formado pelas empresas estrangeiras Shell e Chevron com ágio 300,23% sobre o percentual mínimo de partilha com a União. A ANP pedia para a União uma participação na produção de óleo de 17,54%, e o consórcio ofereceu 70,2%. Além desse percentual, a União receberá um bônus de assinatura de 3,125 bilhões.
O consórcio formado pela ExxonMobil e a QPI também apresentou oferta, mas como o percentual da produção era de 40,49%, o grupo foi derrotado.
No segundo bloco, saiu vitorioso o consórcio Titã, formado pela ExxonMobil e a QPI. As empresas ofereceram à União participação de 23,49% sobre a produção, enquanto o lance mínimo era de 9,53%. Nesse caso, o ágio foi de 146,48%. O bônus de assinatura garantido para a União foi de mais 3,125 bilhões.
O bloco Pau-Brasil foi arrematado pelo percentual de participação de 63,79%, gerando ágio de 157% sobre o percentual mínimo que era exigido. O consórcio vencedor foi formado pela BP Energy (50%), CNOOC (30%) e Ecopetrol (20%). O bônus de assinatura somou mais $ 500 milhões ao total a ser recebido pelo governo.
Doze das principais petrolíferas do mundo participaram no leilão, que se realizou num hotel na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Pré-sal é o nome dado às grandes reservas de petróleo descobertas no Brasil, com a exploração a ser feita em águas ultraprofundas na costa, abaixo de uma camada de sal de dois quilômetros de espessura.
Foi a quinta vez que o Brasil ofereceu às multinacionais estrangeiras a oportunidade de reivindicar o direito de explorar reservas de petróleo nesta zona.