Da Redação
Com agencias
O Banco BPI vai voltar a estudar as condições de venda do Novo Banco, tal como fez no primeiro concurso, segundo o presidente Fernando Ulrich, que realçou a apetência histórica do banco em participar na consolidação no setor financeiro português.
“O novo processo de venda deve começar com alguma brevidade e nesse momento veremos. Quando for dado início ao novo processo de venda nós analisaremos as condições”, afirmou o gestor.
Ulrich salientou que o atual BPI resultou precisamente de vários movimentos de fusão e aquisição, desde que, em 1991, adquiriu o Banco Fonsecas & Burnay. Cinco anos depois também foram comprados o Banco de Fomento e Exterior e o Banco Borges & Irmão.
E, mais recentemente, o BPI voltou a estar envolvido em tentativas de consolidação, ainda que não tenham avançado.
“O BPI acordou com o BES, em 2000, uma fusão que não foi para a frente. O que o BPI pensa sobre o tema consolidação tem uma história. Em 2007 foi feita uma proposta de fusão amigável com o BCP”, assinalou Ulrich.
Ainda assim, o gestor considerou que ainda é cedo para dizer se o BPI pode, ou não, avançar para a tentativa de compra do antigo Banco Espírito Santo (BES).
“Eu não sei como é que o banco [Novo Banco] está e não sei quais serão as condições de venda”, rematou.
Prejuízo a lucro
BPI teve um lucro líquido consolidado de 236,4 milhões de euros em 2015, o que compara com os prejuízos de 163,6 milhões de euros registrados em 2014.
O lucro líquido, diz a informação disponibilizada pela instituição, é resultado de 93,1 milhões de euros conseguidos na atividade doméstica e 143,3 milhões de euros das operações internacionais.
O banco encerrou 52 balcões e diminui o quadro de pessoal em 63 pessoas na sua atividade doméstica em 2015, passando a contar com uma rede de distribuição de 597 agências e 5.899 trabalhadores em Portugal.
“Este esforço vai continuar de uma forma permanente mas gradual”, afirmou Fernando Ulrich.
As novas tendências do setor bancário explicam esta necessidade de reajustamento da rede doméstica, explicou, acrescentando que as saídas de colaboradores vão ser feitas maioritariamente através dos processos normais de reforma e da contratação de pessoal a um ritmo inferior ao das saídas.
Já na atividade internacional houve a abertura de cinco agências para um total de 191 e foram contratados mais 86 funcionários para um total de 2.630.
Assim, em termos consolidados, o grupo BPI fechou o ano passado com 788 balcões (inclui centros de investimento, lojas habitação e centros de empresas) e com 8.529 trabalhadores.