Beneficência Portuguesa de São Caetano retoma Missa do 13 de Maio após pandemia

Por Odair Sene

O Hospital Beneficência Portuguesa de São Caetano do Sul, no ABC paulista, sempre realizou celebração religiosa no “13 de Maio” dedicado a sua padroeira Nossa Senhora de Fátima.

Tradicionalmente o hospital promove um dia de festa e homenagens para a Santa que tem sua “capela” no interior do complexo. Teve até banda em algumas oportunidades à frente do hospital, ruas próximas fechadas, com procissão de velas pelo bairro, uma programação especial para marcar o 13 de Maio.

Nem tudo voltou (ainda) mas no último sábado, dia de N.S. de Fátima, a Benê marcou a volta da celebração da Santa Missa na Capela, para cerca de 80 pessoas, recepcionadas pela direção da Benê – especialmente pelo presidente administrativo Antonio Rubira.

Entre os dirigentes registramos as presenças do presidente Antonio Rubira (com a esposa Edna), do vice Ademir Pardo (com a esposa Cida), também do diretor administrativo Flávius Rubira (com a esposa Tatiane com os filhos Larissa e João Luca). Também o Paulinho – aniversariante desta noite esteve presente, assim como a presidente do Conselho Márcia Maria, com o irmão Carlos Rodrigues (eles que estavam nesta noite com a mãe D.Maria do Céu internada lá mesmo).

Durante a celebração o presidente Rubira foi chamado à frente juntamente com seu vice Ademir Pardo para fazer agradecimentos por terem passado “um período pesado” com muitas perdas para a Covid. “Todos aqui temos um motivo para estarmos presentes, e nosso motivo é pela vida, porque nós conseguimos sobreviver a essa pandemia, que não foi muito fácil, principalmente nossa equipe da diretoria, que não arredou o pé, estivemos sempre juntos, ficamos 24 horas por dia dentro deste hospital, e Nossa Senhora de Fátima nos protegendo. Então este é nosso grande agradecimento”, disse.

A missa foi celebrada pelo Padre Gino, ligado há décadas com o hospital. Nesta ocasião o celebrante ainda contou com o Padre Paulinho (concelebrante) que é Pároco da Paróquia Sagrada Família. Padre Paulinho lembrou que a capela tem uma história com sua família: “eu celebrei a missa de corpo presente aqui, da minha mãe (e outros familiares também), então hoje é uma alegria estar aqui depois da pandemia ver a capela reformada, é um sentimento de gratidão à N.S. de Fátima, que possa abençoar este hospital e a nós todos para seguirmos firmes no caminho do Seu filho Jesus”, disse o Padre Paulinho.

Sempre presente nos eventos da Benê, o Padre Gino comemorou estar ali com pessoas amigas e no ambiente que o acolheu há tanto tempo. Depois de vencer a Covid ele disse que o sentido maior é mesmo de agradecimento.
“Viver hoje em dia é uma bênção, não só com o perigo de perder a vida no mundo violento, o perigo maior é perder a alma, temos que salvar nossa alma, seguir Jesus, pelo caminha da verdade porque somente com Jesus, e Nossa Senhora o mundo será renovado, feliz pela paz dentro de si e para todos que verem essa mensagem”, disse o Padre Gino.

Sobre o hospital

O diretor administrativo Flávius Rubira disse que o hospital não parou no que se refere a reformas, ampliações e até aquisições de imóveis próximos. “No que se refere a investimentos o hospital não parou, fizemos algumas modificações mesmo durante a pandemia, com ampliações de UTI, leitos de internação, modificação de ala de ambulatório para pronto-socorro, ainda estamos com pronto-socorro de doenças respiratórias separado de doenças não respiratórias, são entradas distintas (porque são fluxos diferentes) mas já temos hoje na ala de internação uma UTI híbrida que recebe pacientes tanto com problemas respiratórios quanto os não respiratórios”.

O diretor comentou que o hospital segue investindo e trazendo novas especialidades com atendimentos na parte de neurologia, ortopedia e cardiologia, o hospital aproveitou essa pós-pandemia (quando caiu o número de atendimento) para fazer algumas reformas incluindo troca de elevadores, reforma na ala de internação, hotelaria, troca de equipamentos, enfim, uma ampliada no leque de especialidades e exames”, disse Flávius.

Ao Mundo Lusíada o presidente administrativo Antonio Rubira confirmou que vem fazendo investimentos fortes na instituição na era pós-pandemia. A Benê teve um impacto muito forte no início da pandemia, mas depois, segundo o dirigente, soube administrar o hospital “plenamente cheio” e ainda hoje tem uma taxa de ocupação que bate os 90%.

Na parte estrutural, Rubira revelou que o hospital tem projeto para construção de novos espaços, após adquirir vários imóveis ao redor que os possibilitou a criação de uma planta de ampliação. “Agora só esperar para sabermos como o país vai ficar nesses próximos dois anos”.

Rubira também falou sobre a parte administrativa que também vem sofrendo mudanças, já com algumas alterações importantes. “Já começamos a diversificar um pouco, com algumas pessoas novas na parte administrativa, na parte de TI por exemplo, a parte de imagem, também no setor de faturamento, são todas pessoas novas gerenciando”, revelou ele que segue na diretoria com o Ademir e Flávius desde o início.

Com a reforma dos elevadores e da recepção a Benê fecha uma etapa de reformas importantes que abrangeu hemodinâmica e tomografia cardíaca “onde temos um equipamento que até o mês passado só existia em cinco grandes hospitais”.

No entanto a direção (não só o presidente) diz que o hospital pode e deve se modernizar, mas não pode perder suas raízes. E uma das tradições que não pode ser abandonada é a questão da devoção à NS de Fátima. “Isso com certeza, nós saímos de uma grande procissão (com 600 pessoas) do 13 de Maio antes da pandemia, para uma missa hoje com uma dimensão muito menor com cerca de 80-90 pessoa – é um reinício”, disse ele afirmando que “raízes” como essa e a ligação com a Casa de Portugal do ABC segue muito firme: “temos que andar juntos” disse citando vários membros da diretoria ligados à comunidade portuguesa e Elos Clube.

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