Da Redação
Com agencias
Confirmando uma recessão mais profunda, o Boletim Econômico de Inverno do Banco de Portugal apontou para uma recessão de 3,1% que significa 0,1 pontos percentuais acima da projeção oficial da troika e do Governo, que era de 3%.
Segundo o Boletim se espera uma recessão para este ano numa expectativa pior do Governo, sem precedentes, com mais austeridade e menos emprego para 2012.
O antigo presidente da República Mário Soares considerou que as previsões do Banco de Portugal para 2013 de mais austeridade, maior recessão e menos emprego “já eram de esperar”. O também antigo governante confidenciou que tem falado, “algumas vezes”, com o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, considerado por ele “uma pessoa séria”, e referiu que se a instituição que este dirige anunciou esses dados, então “tem de se refletir sobre eles”.
Além disso, no final de 2011, Portugal voltou a ser o segundo país com maior risco de não poder cumprir com sua dívida, tendo em conta o valor exigido pelos investidores para segurar as suas obrigações.
Segundo um relatório sobre o risco soberano relativo ao quarto trimestre de 2011 divulgado pela CMA (fonte de dados do mercado de Credit Default Swaps), a média dos valores exigidos pelos investidores para aceitarem fazer seguros contra possíveis descumprimentos de obrigações portuguesas a cinco anos ficou nos 1.153,7 pontos base (ou seja, seria necessário pagar 1.153,7 euros por ano para segurar 10 milhões de euros de dívida soberana portuguesa).
Portugal volta assim a manter o segundo lugar na lista dos dez países com maior risco de entrarem em bancarrota. Pior que Portugal só a Grécia que, mais uma vez ficou em primeiro lugar. No top dos 10 piores, registro ainda para a Irlanda que piora um ponto e passa para sexto pior, e da Itália, que passa de oitavo para décimo pior país.
Do lado dos 10 melhores, a Noruega surge novamente como país com menos risco neste mercado, seguido dos Estados Unidos. A Alemanha, que não estava nesta lista, surge agora na décima posição.