Banco BCN, do Grupo Banif, segue em expansão nas Ilhas Caboverdianas

Instituição fundada por um grupo de Caboverdianos incluindo o Dr. Aguinaldo Rocha há quase 10 anos, conta com 51% de participação do Banif e continuará a internacionalização em 2012.

Odair Sene
Mundo Lusíada

Dr. Aguinaldo Rocha (esq), muito conhecido pelos portugueses de São Paulo por ser o Cônsul Geral de Cabo Verde nesta cidade, falou ao Mundo Lusíada sobre a expansão do BCN em Cabo Verde, do Grupo Banif, comandado no Brasil pelo economista Dr. Julio Rodrigues (dir).

O BCN (Banco Caboverdiano de Negócios), fundado entre outros pelo Dr. Aguinaldo Rocha, muito conhecido pelos portugueses de São Paulo por ser o Cônsul Geral de Cabo Verde nesta cidade, falou ao Mundo Lusíada sobre a expansão da instituição que vem ganhando força e mercado nas ilhas caboverdianas.
O BCN possui 12% da quota de mercado no país, já tem 21 agências em todas as ilhas e emprega mais de 100 funcionários.
A história do BCN remete a Fevereiro de 1996, altura em que o Banco Totta & Açores, de Portugal, abriu uma sucursal na cidade da Praia, Santiago, Cabo Verde. A sucursal passou a banco de direito caboverdiano, com a denominação de BTCV – Banco Totta de Cabo Verde, em Janeiro de 2003, abrindo mais 2 agências em Mindelo e na Assomada.
Nesta nova fase, o banco conseguiu em 2004, aquisição da totalidade do capital, através da empresa SEPI (Sociedade de Estudos e Promoção de Investimentos, S.A.). Surgindo então o primeiro banco privado e 100% caboverdiano do sistema financeiro nacional. Em Fevereiro de 2005, por questões estratégicas, a SEPI, decidiu alterar a denominação do banco passando a chamar-se BCN – Banco Caboverdiano de Negócios.
Em Fevereiro de 2007, o BCN e Banif estabeleceram uma parceria estratégica, que vai contribuir para um reposicionamento do BCN no mercado caboverdiano da banca.
“O Banif é um parceiro estratégico em Cabo Verde, conta atualmente com excelente aceitação no mercado local”, refere Aguinaldo Rocha que é homem forte na área de importação-exportação e tem, segundo disse, o BCN como seu principal braço financeiro e um dos mais importantes paras os negócios do Grupo Arquipélago Internacional que dirige.
“Muitas transações comerciais nós fazemos através do BCN em Cabo Verde. Portanto quando há pagamento, por exemplo, de exportações feitas a partir do Brasil, as operações são feitas preferencialmente no BCN”, disse.
A força do banco não é reconhecida por acaso, estar presente em todas as ilhas foi somente um dos desafios. A instituição teve e tem outros maiores, atribuídos à concorrência de grandes bancos como Banco Espírito Santo, Caixa Econômica, Grupo Caixa Geral de Depósitos que detêm o controle acionário do Banco Comercial do Atlântico (BCA) e do Banco Inter Atlântico.
Além de negócios ligados à banca, Aguinaldo Rocha é forte importador e exportador, empresário ligado ao mercado de supermercados em Cabo Verde e, em São Paulo, Cônsul Geral há cerca de 15 anos. Segundo ele, essa ligação é histórica e vem desde a época de militância política, quando Aguinaldo Rocha esteve exilado por uma década na Bélgica. “A independência de Cabo Verde teve minha contribuição enquanto homem exilado durante 10 anos”, enfatizou.

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