Da Redação
Com EBC
A Azul anunciou nesta segunda-feira (16) uma série de medidas em resposta à evolução do novo coronavírus no Brasil, entre elas a redução de sua capacidade consolidada de 20% a 25% no mês de março, e entre 35% e 50% em abril e meses seguintes, até que a situação se normalize.
A companhia aérea também comunicou que, partir de 16 de março, todos os voos internacionais, exceto os que partem de Campinas (SP), serão suspensos.
“Embora nossa principal prioridade continue sendo a saúde e a segurança de nossos tripulantes e clientes, continuamos focados no ajuste da capacidade de acordo com a variação na demanda e na preservação de nossa posição de caixa durante esse período desafiador”, disse John Rodgerson, CEO da Azul.
A empresa também informou que está implementando medidas para reduzir o custo fixo de suas operações, que representa em torno de 40% do total de custos e despesas operacionais da empresa, entre elas a postergação do pagamento referente à participação nos lucros e resultados de 2019.
A Azul anunciou ainda um programa de licença não remunerada, com 600 pedidos aprovados até o momento, além de redução de salário de 25% dos membros do comitê executivo até a normalização da situação, suspensão de novas contratações e de viagens a trabalho e despesas discricionárias.
A empresa decidiu pelo estacionamento de aviões e a suspensão de entrega de novas aeronaves.
Já na semana passada, a Azul informou que reduziu as frequências de voos internacionais para a Flórida (EUA) e para Porto (Portugal), em meio aos desdobramentos da epidemia do coronavírus, segundo o presidente-executivo da companhia, John Rodgerson.
De acordo com ele, o ajuste tem impacto irrelevante nas operações da companhia, dado que apenas 12 dos mais de 900 voos diários operados pela Azul são internacionais.
“Estamos reduzindo frequências para a Flórida e para Porto”, disse Rodgerson à Reuters, citando a queda da demanda por passagens e o aumento dos custos devido à alta do dólar.
Também a Latam já anunciou uma redução de 30% em seus voos internacionais devido à baixa demanda, a companhia é a que mais faz voos internacionais no Brasil.