Da Redação
Com Lusa
O presidente executivo da Ericsson Telecomunicações, Pedro Queirós, declarou que os operadores terão de lançar em 2020 uma cidade em 5G (quinta geração móvel) e espera que essa cidade seja Aveiro.
“Os operadores em 2020 vão ter de lançar uma cidade em 5G. Espero que seja Aveiro, fica a intenção de que a primeira cidade seja em Portugal”, disse Pedro Queirós, no âmbito da celebração de um protocolo com a Altice Labs, do grupo francês Altice, para a aceleração da nova tecnologia 5G.
Inaugurada em Aveiro, em janeiro de 2016, a Altice Labs, da multinacional francesa Altice que detém a PT Portugal, foi palco da concretização do protocolo com a Ericsson para a aceleração do 5G, através de atividades de investigação e desenvolvimento (I&D) conjuntas, realização de pilotos e demonstrações de equipamentos e aplicações 5G, iniciativa que marca o primeiro aniversário do centro de inovação da Altice para o mundo.
“Aveiro, por todas as razões, pode ser o embrião para uma coisa muito grande nesta colaboração entre a Ericsson e a Altice a nível mundial”, acrescentou Pedro Queirós, perante o presidente executivo da Altice, Michel Combes, o presidente da PT Portugal, Paulo Neves, e o responsável pela área tecnológica da PT, Alexandre Fonseca.
O presidente executivo da Ericsson sublinhou que 2018, e de acordo com as diretivas europeias, “vai ser mandatório para os operadores terem testes de 5G operacionais e provas de conceito”.
O gestor disse que 2020 será o ano da primeira cidade com 5G e antecipou que em 2025 as grandes cidades europeias já deverão estar ligadas com a nova tecnologia.
A empresa está a fazer uma “série de parcerias” e testes, nomeadamente na Ásia: na Coreia e no Japão”, acrescentou.
A nova tecnologia móvel 5G “é o próximo salto em termos de tecnologias, as velocidades são muito maiores, a inteligência é muito maior e o tempo de resposta (latência) é muito menor”, resumiu.
Também o diretor-geral da Altice Labs, Alcino Lavrador, falou sobre “a mudança de paradigma” com o 5G, explicando que “vai ser a primeira infraestrutura de comunicações, não só entre humanos, mas também entre máquinas”, que permitirá reduzir os consumos de energia, uma vez que as redes serão auto-organizadas, desligando-se quando não estão a ser usadas, e procura dar resposta ao aumento do tráfego de redes.
A nova tecnologia vai exigir “grandes investimentos para os operadores”, já que a rede tem de evoluir para ser mais eficiente, e vai incorporar ‘cloud’ (computação e rede), ‘software’, assim como princípios de virtualização e realidade aumentada.