Da Redação
Com Lusa
As autoridades de saúde declararam, em 05 de julho, o fim da epidemia de sarampo em Portugal, iniciada em fevereiro, apesar de manterem os níveis de alerta elevados devido à manutenção de surtos da Europa.
O diretor-geral da Saúde, Francisco George, e o presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), Fernando Almeida, afirmam numa “declaração pública sobre fim da atividade epidêmica do sarampo em Portugal”, que a epidemia está controlada.
“A epidemia do sarampo, iniciada em fevereiro de 2017, é considerada, agora, controlada em Portugal, visto que foram ultrapassados mais de dois períodos de incubação sem novos casos (o último caso ocorreu em 10 de maio)”, afirmam na declaração conjunta enviada à agência Lusa.
Contudo, é mantido o nível de “alerta elevado”, tendo em conta que continuam a existir surtos de sarampo na Europa e existe a possibilidade de importação de casos, adiantam.
As autoridades de saúde salientam que “o controle do sarampo resultou do empenho de todos, no quadro dos trabalhos conjuntos desenvolvidos entre os organismos do Serviço Nacional de Saúde, bem como da colaboração dos serviços do Ministério da Educação”.
Lembram ainda que o cumprimento do Programa Nacional de Vacinação 2017 é fundamental para evitar a transmissão das doenças alvo, como o sarampo, e a ocorrência de surtos.
As unidades do Serviço Nacional de Saúde e das Regiões Autônomas, nomeadamente a DGS, o INSA, a Administração Central do Sistema de Saúde, a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, o Infarmed e as Administrações Regionais de Saúde, continuam a acompanhar a evolução da situação em articulação com os organismos Internacionais (Centro de Prevenção e Controlo de Doenças de Estocolmo) e em especial a Organização Mundial da Saúde.
A Direção-Geral da Saúde iniciou uma campanha de vacinação de repescagem contra o sarampo em crianças e adultos, tendo adquirido para o efeito 200 mil doses adicionais de vacinas.
Trinta e um casos de sarampo foram confirmados este ano em Portugal, tendo a Direção-Geral da Saúde (DGS), recebido 158 notificações desde 01 de janeiro, segundo os últimos dados daquela entidade divulgados em 06 de junho.