Autárquicas: Eleitos nos Açores, Madeira e Bragança obtêm maioria absoluta

FOTO HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

Mundo Lusíada com Lusa

Os executivos camarários que venceram as eleições autárquicas de domingo no distrito de Bragança e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira vão poder governar com maioria absoluta, de acordo com o portal EyeData.

Segundo o portal disponível no ‘site’ da Lusa, que agrega os resultados das eleições autárquicas de domingo, a percentagem de maiorias absolutas nas câmaras é de 100% no distrito de Bragança e nas câmaras dos dois arquipélagos portugueses.

A percentagem de maiorias absolutas nos executivos camarários é ainda igual ou superior a 90% nos distritos de Viana do Castelo (90%), Vila Real (93%), Porto (94%) e Viseu (96%).

Já quanto a movimentos independentes, o distrito com mais candidaturas vencedoras foi Leiria, com quatro, seguindo-se Aveiro e Guarda, com três, ao passo que os distritos de Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Faro, Setúbal, Viana do Castelo e Vila Real não contabilizaram qualquer vitória de independentes.

No Porto

O PS conseguiu nas eleições autárquicas de domingo 11 presidências municipais no distrito do Porto com candidaturas apenas do partido, integrando ainda uma candidatura vencedora com o Livre, segundo os dados provisórios. Todas estas vitórias corresponderam a maiorias absolutas.

Sem maioria no executivo, o independente Rui Moreira foi reeleito presidente da Câmara do Porto, e o BE elegeu um vereador pela primeira vez, enquanto o PS perdeu um e o PSD duplicou o mandato de 2017.

Com as sete freguesias apuradas, o movimento independente Rui Moreira: Aqui Há Porto! obteve, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), 40,72% dos votos, elegendo seis vereadores, não tendo conseguido reeditar a maioria absoluta conquistada nas autárquicas de 2017.

Em declarações aos jornalistas quando ainda estavam por apurar duas das sete freguesias do concelho, Rui Moreira garantiu que a governação da cidade estava assegurada, mas não fechou a porta a eventuais coligações.

“Aquilo que temos de avaliar é se valerá a pena tentarmos governar sozinhos, ou se haverá condições para chegar a acordo com alguma das forças políticas — não sei dizer. Aliás, acho que elas também não sabem”, declarou na altura.

Já com os resultados das freguesias apurados, o BE congratulou-se com a eleição do primeiro vereador na Câmara do Porto, assinalando que tal “se deve” ao partido.

Contrariamente ao PS, o PSD duplicou o número de mandatos, elegendo mais um do que em 2017.

O social-democrata Vladimiro Feliz – que conquistou 17,25% dos votos, elegeu dois vereadores – assumiu, contudo, que “os resultados deste domingo não foram os ambicionados”, sublinhando que, embora o independente Rui Moreira tenha sido reeleito, falhou o objetivo de ter maioria.

Bragança

O PSD venceu as eleições autárquicas de domingo no distrito de Bragança ao conquistar sete câmaras e 37 mandatos, com 47,64% dos votos, segundo os dados provisórios do Ministério da Administração Interna.

Os sociais-democratas venceram quatro câmaras onde concorreram isoladamente, nas quais obtiveram 21 mandatos, e conquistaram mais três em coligação com o CDS-PP.

O segundo partido mais votado foi o PS, ao conquistar cinco câmaras com maioria absoluta, somando 28 mandatos e 41,07% dos votos.

O Grupo Cidadãos teve 2% dos votos e, com esse resultado, um mandato.

Nas 226 freguesias que compõem o distrito de Bragança, foram atribuídos 66 mandatos em 12 concelhos apurados, sendo que a abstenção rondou os 38,40%.

Madeira

A reconquista da presidência da Câmara do Funchal pelo PSD, após ter perdido o município para a coligação liderada pelo PS, em 2013, é o resultado mais relevante das autárquicas na Madeira, que mantém o restante panorama político quase inalterado.

Pedro Calado, que pediu a exoneração do cargo de vice-presidente do Governo Regional para encabeçar a coligação PSD/CDS ‘Funchal Sempre à Frente’ e que já foi vereador na autarquia funchalense, vai assim regressar à Câmara como presidente do executivo municipal, sucedendo a Miguel Silva Gouveia, da coligação Confiança (PS, BE, MPT, PDR e Nós, Cidadãos!), que sofreu uma pesada derrota neste ato eleitoral.

Os dados provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna apontam que na Região Autónoma da Madeira, a coligação PSD/CDS foi a força política mais votada, obtendo 31,45% dos votos (44.244), seguida da coligação formada por PS, BE, PAN, MPT e PDR, que reuniu 16,14% (22.704, o que significa menos 873 do que os obtidos em 2017) na candidatura ao Funchal.

Dos 11 concelhos da Madeira, o PSD venceu nos dois concelhos que já governava (Câmara de Lobos e Calheta), reelegendo Pedro Coelho e Carlos Teles para um terceiro mandato. Coligado com o CDS assegurou os de S.Vicente e Porto Santo.

Ricardo Nascimento foi reeleito pelo movimento independente Ribeira Brava Primeiro (RB1), com o apoio de PSD e CDS-PP.

O CDS-PP manteve a liderança em Santana, o JPP em Santa Cruz e o PS assegurou os municípios do Porto Moniz, Ponta do Sol e Machico, que liderava.

O PSD sempre foi o partido mais votado na Madeira e chegou mesmo a governar todos os concelhos do arquipélago (1979, 1982, 1985, 2001, 2005 e 2009), quando o partido era liderado por Alberto João Jardim.

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