Da Redação
Com Lusa
Espanhóis e franceses são os estrangeiros que mais visitaram a região Centro nos primeiros nove meses do ano, registrando-se neste período um “enorme aumento” de visitantes provenientes de novos mercados, segundo dados divulgados pelo INE.
Entre janeiro e dezembro, o maior destaque vai para o aumento de turistas oriundos da Polônia, cujo número mais do que duplicou, em comparação com o mesmo período de 2016, tendo registrado um crescimento de 131,66%, para 121.057 dormidas.
Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) registam também um aumento de dormidas com origem em Itália, que cresceu 73,72%, para 183.301.
O número de visitantes dos Estados Unidos da América subiu também 69,18%, para 101.202, em linha com o aumento registado pelos turistas provenientes do Brasil, que cresceu 46,74%, para 149.648.
“Estes resultados comprovam que a aposta do Turismo Centro de Portugal em mercados menos habituais está a dar frutos extremamente positivos. Visitantes provenientes de uma gama alargada de países estão a descobrir a nossa região, numa tendência que tem vindo a crescer”, refere Pedro Machado, presidente da Entidade Regional Turismo Centro.
Em valores absolutos, a Espanha continua a ser o país de onde chegam mais visitantes para o Centro de Portugal, com um total de 536.737 dormidas do país vizinho entre janeiro e setembro (quota de 14,10). Em segundo lugar, surgem os franceses (302.526, quota de 7,95).
A Itália é já o terceiro país emissor de dormidas para a região, com uma quota de 4,81. Seguem-se, por esta ordem, Brasil, Alemanha, Polônia, Estados Unidos, Reino Unido, Holanda e Escandinávia.
“De assinalar que as dormidas de visitantes de outros países que não integram este ‘top dez’ cresceram, de forma global, 38,20%, o que significa que há cada vez turistas de países menos tradicionais a deixarem-se encantar pelo Centro de Portugal”, afirma a Turismo Centro.
A Entidade Regional, que abrange cem concelhos, destaca ainda “o facto de o total de visitantes estrangeiros ser praticamente idêntico ao dos nacionais, em dormidas no Centro de Portugal: 2,21 milhões de fora do país e 2,27 milhões de turistas nacionais”.
O mercado interno cresceu 2,65% (+58.578 dormidas) e o mercado externo 27,39% (+475.221 dormidas).
Este crescimento, a que não será alheio o facto de se ter celebrado no santuário de Fátima o Ano do Centenário, reflete-se “de forma muito positiva” nas receitas dos estabelecimentos hoteleiros.
Assim, no período janeiro-setembro de 2017, os proveitos globais das unidades turísticas cresceram 17,9%, para 212,6 milhões de euros, relativamente ao mesmo período do ano passado, o mesmo acontecendo no rendimento de cada quarto disponível (+19,6%) e na taxa de ocupação dos quartos, que subiu 4,7%.
“Este é o caminho que queremos trilhar, para que a diversidade e a riqueza de experiências que o Centro de Portugal tem para oferecer alcance cada vez mais pessoas, em todos os cantos do mundo”, considera Pedro Machado.
