Da Redação
Com Lusa
O número de novos estudantes internacionais no ensino superior português aumentou 38% neste ano letivo, com 5.477 novos inscritos, a maior parte oriunda do Brasil.
Os novos estudantes que chegaram a Portugal com o estatuto de estudante internacional foram principalmente para as universidades, mas 44% do total – 2.398 estudantes – foram para o ensino politécnico.
Dos que foram para as universidades, 595 foi para a do Porto, a que teve mais novos estudantes internacionais inscritos.
Um total de 2.838 estudantes veio do Brasil, 926 de Cabo Verde, 708 da Guiné-Bissau, 521 de Angola e 111 de São Tomé e Príncipe.
No ano letivo anterior havia mais de 58 mil estudantes estrangeiros em Portugal, o que representava 15% do total de inscritos no ensino superior e um aumento de 76% em relação ao ano letivo de 2014/2015, quando havia 33 mil inscritos.
Em 20 anos, a porcentagem de alunos estrangeiros em universidades e politécnicos portugueses quintuplicou.
Coronavírus
Em época de surto do vírus da China, diversas instituições portuguesas estão limitadas ou fechadas para evitar a propagação do vírus.
A Direção-Geral da Saúde anunciou no domingo o encerramento de todas as escolas dos concelhos de Lousada e Felgueiras, no distrito do Porto.
A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico do Porto fechou por tempo indeterminado “todas as instalações onde decorrem aulas”, incluindo Amarante e Penafiel, no distrito do Porto, além de Felgueiras e Lousada.
As aulas da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto estão suspensas e todos os seus estudantes estão interditados de circular no edifício do Hospital de São João. Também foram suspensas as atividades de formação — aulas, estágios e visitas de estudo — com a participação de profissionais do Centro Hospitalar Universitário de São João.
As instalações partilhadas do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto vão permanecer encerradas até 20 de março.
A Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) suspendeu todas as aulas nos seus estabelecimentos de ensino e encerrou a maior parte dos espaços, de forma preventiva.
Em Portimão (distrito de Faro), dois estabelecimentos de ensino estão fechados: a Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, onde uma aluna foi diagnosticada com Covid-19, e a Escola Básica Professor José Buisel, onde leciona a mãe da aluna doente, também infetada.
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real, decidiu suspender eventos e atividades desportivas da responsabilidade da academia, bem como as deslocações em serviço para países afetados pelo surto de Covid-19.
A Escola Secundária da Amadora, no distrito de Lisboa, e a Escola Básica 2,3 Roque Gameiro, no mesmo concelho, estão encerradas até 20 de março, depois de identificados dois novos casos de Covid-19.
Cerca de 90 estudantes da Universidade do Minho estão em quarentena profilática voluntária nas residências da academia em Braga, por terem estado em contato com um aluno infetado com o novo coronavírus.
A Universidade dos Açores (com polos em São Miguel, Terceira e Faial) decidiu adiar por “tempo indeterminado ou cancelar” os “congressos, ‘workshops’, seminários ou outros eventos públicos científicos ou culturais” em espaços da instituição. A academia proibiu a entrada nas residências universitárias a qualquer pessoa que se desloque para o arquipélago proveniente de outros países e regiões sem que tenha cumprido um período de quarentena.
O Instituto Politécnico de Viana do Castelo suspendeu a edição 2020 do evento Cimeira IPVC e adiou a feira do emprego, que decorria em simultâneo, no dia 18, e que previa a participação de mais de 10 mil visitantes.
O Instituto de Estudos Superiores de Fafe fechou instalações e suspendeu atividades presenciais pelo menos por duas semanas, por razões preventivas, numa medida que abrange 900 alunos.
A Universidade Nova de Lisboa suspendeu o ensino prático clínico de Medicina que leve alunos aos hospitais, bem como quaisquer eventos públicos não científicos no perímetro da universidade. A academia vai iniciar a substituição das aulas (teóricas e práticas), sempre que possível, por conteúdos ‘e-learning’ e minimizar as viagens ao estrangeiro.
A Universidade Lusíada-Norte anunciou suspender até sexta-feira as aulas e o atendimento ao público no campus de Famalicão, e que no campus do Porto vai cancelar todas as atividades de extensão universitária.
A Escola Superior de Saúde de Leiria suspendeu, terça-feira, os estágios clínicos de todos os cursos. Algumas instituições particulares de solidariedade social e câmaras municipais que recebem estes estagiários dos vários cursos de saúde também suspenderam a vertente de educação clínica.
A Universidade de Évora decidiu adiar todos os eventos marcados para os espaços da academia, como debates ou conferências, até ao dia 22 deste mês.
O Instituto Politécnico de Beja decidiu suspender todas as atividades além das letivas obrigatórias, bem como os eventos da sua iniciativa ou responsabilidade em locais fechados ou abertos ao público.
A Universidade de Coimbra suspendeu todas as atividades letivas presenciais, todos os eventos científicos, culturais e desportivos e as deslocações profissionais ou acadêmicas no país e no estrangeiro. As cantinas vão “transitar para um serviço exclusivo de ‘take-away’”.
A Universidade de Lisboa suspendeu hoje todas as atividades letivas presenciais e as atividades de grupo desenvolvidas nos seus museus e jardins botânicos (que se mantêm abertos ao público para visitantes individuais). As deslocações em serviço ou para estudo estão canceladas e as atividades físicas e desportivas realizadas no Estádio Universitário ou nas escolas da academia estão suspensas ou mantidas com restrições.
O Egas Moniz – Cooperativa de Ensino Superior, em Almada (distrito de Setúbal), que integra o Instituto Universitário Egas Moniz e a Escola Superior de Saúde Egas Moniz, “como instituição de ensino na área da saúde, decidiu preventivamente e temporariamente suspender apenas as atividades letivas”.