Da Redação com Lusa
A Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento (ALAD) registrou mais de 26 mil migrantes de 90 nacionalidades e mais de 55 mil atendimentos presenciais nos seus 25 anos de existência, disse o presidente da direção da instituição.
“É o 25.º aniversário [da ALAD]. São 25 anos de experiência no apoio social em várias valências e em rede com outras entidades. Uma das grandes virtudes da ALAD é a quantidade de parceiros que tem e que nos dão algum conforto e nos ajudam a desenvolver estes projetos”, disse à agência Lusa, o presidente da direção da ALAD, Arnaldo Brás.
Ao longos da sua existência, a ALAD desenvolveu 58 projetos o que obrigou a associação a criar uma estrutura que comporta atualmente 36 colaboradores, na sua maioria quadros técnicos.
Conta ainda com um número significativo de voluntários (mais de duas dezenas), sobretudo, professores que colaboraram com a Universidade Sénior Albicastrense (USALBI).
“Ao longo destes 25 anos tivemos projetos muito interessantes, independentemente da área a que diziam respeito”, sublinha Arnaldo Brás.
Contudo, na sua fase inicial, a associação começou por se envolver em projetos de luta contra a pobreza.
“Depois, à medida que a emigração começou a ter significado foi-nos atribuído um centro local de integração de emigrantes. Desenvolvemos também com a Câmara Municipal [Castelo Branco] o plano local de integração de emigrantes”, disse.
Desde o início dos projetos a ALAD registou mais de 26 mil migrantes de 90 nacionalidades e realizou mais de 55 mil atendimentos presenciais e mais de seis mil atendimentos telefônicos.
A associação passou também a ter um núcleo distrital de apoio à vítima de violência doméstica que abrange todos os municípios situados ao sul da Gardunha.
“A crescente prevalência da violência doméstica em Portugal, mostra a necessidade da existência da nossa Estrutura de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica (EAVVD-CB) que presta apoio a vítimas deste tipo de crime”, frisa.
Desde o seu início, em 2006, a EAVVD-CB realiza atendimentos, prestando apoio psicológico, social e jurídico, bem como o acompanhamento e encaminhamento devidos a cada situação e necessidade.
“Durante este período e traduzido em números, acompanhamos cerca de 1.859 pessoas entre 2006 e 2022”, refere o presidente da associação.
Só este ano, até outubro, registou um total de 141 novos casos em acompanhamento e 44 casos que transitaram de anos anteriores.
A ALAD dispõe também do Centro de Acolhimento de Emergência para Vítimas de Violência (CAEV), que entre 2018 e o ano transato já acolheu um total de 240 vítimas de violência doméstica.
“Só este ano, com referência a outubro, registou um total de 51 novos acolhimentos”, salienta.
De entre os vários projetos que a ALAD tem em desenvolvimento, referência também para a Resposta de Apoio Psicológico para Crianças e Jovens Vítimas de Violência (RAP Beira Baixa), que foi iniciada no final de 2021.
“Até outubro de 2023 já foram acompanhadas 87 crianças e jovens, assegurando a descentralização desta resposta pelos seis concelhos da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa”, nota Arnaldo Brás.