Da Redação
Valéria Carvalho é brasileira, natural de Minas e está radicada há décadas em Portugal, com trabalhos realizados como artista na TV, cinema e teatro português.
E no dia 19 de Maio, vai fazer um grande espetáculo em homenagem à lusofonia no grande salão preto e prata do Casino do Estoril. O espetáculo chama-se “Rui Veloso em Bossa” e conta com o próprio Rui Veloso – ícone da música portuguesa – como convidado especial, assim como músicos dos países lusófonos.
Reconhecida hoje como uma artista multifacetada e conhecida do público português, país onde integrou o elenco de inúmeras séries, novelas, talk shows e produções teatrais, neste momento encontra-se em tournée com o espetáculo de lançamento do seu primeiro álbum “Rui Veloso em Bossa”.
“Esgotando as principais salas do país e recebendo o próprio Rui Veloso em palco como convidado especial este trabalho conquistou o coração dos portugueses e é considerado um hino à lusofonia” divulga a organização.
No espetáculo, Valéria recria temas inesquecíveis da dupla Veloso e Tê, numa interpretação própria e original, em ritmo de bossa nova, acompanhada por músicos, e Rui Veloso como convidado especial. Ingressos Ticketline >>
Minas Gerais, Brasil
Nascida no estado de Minas Gerais, Brasil, Valéria Carvalho é criada no universo do único cinema da pequena cidade de Formiga, o Cine Glória, cujo proprietário era o seu avô paterno. Enquanto o seu pai projeta os filmes e a sua mãe gere a Bomboniere, Valéria cresce cantando e dançando pelos corredores do salão assistindo a todos os filmes, à época ainda sem censura.
Violão e Corpo de Baile
A Dança e a Música são a sua primeira forma de expressão artística. Aos 15 anos de idade descobre o violão, instrumento que a acompanha desde então, e é nesse mesmo ano, ainda em Belo Horizonte, que ingressa no corpo de baile da Cia de Dança Contemporânea Maurício Tobias. Aos 18 anos, profissionaliza-se como bailarina através da SATED, passando a integrar também o seu corpo docente.
Rumo a Portugal
Depois de frequentar a Faculdade de Educação Física pela UFMG, em Dezembro do ano de 1990, decide partir para a Europa à aventura. É em Portugal que a sua carreira artística profissional desabrocha e onde permanece até os dias de hoje.
Chegando à cidade do Porto, no Ginásio Gimnoarte, começa a dar aulas de dança e expressão corporal, onde é convidada a participar no programa “Bom Dia”, da RTP, uma rubrica diária onde orienta uma série de animadas aulas de dança para um grupo de crianças, iniciando assim uma longa carreira na TV portuguesa.
Como bailarina profissional
Em Lisboa, como bailarina, integra o corpo de baile de diversos programas de TV, entre os quais “Destino x”, “Queridos Inimigos”, “Marina D. Revista”, “Era uma Vez”, “Casa de Artistas”, “Chuva de Estrelas”, “Furor”, “Canções da nossa vida”, “Ri-te, Ri-te”, “Um sarilho chamado Marina”, “Tic-Tac”, “Sábado à noite”, “Santa Casa”, inúmeras galas e espetáculos como “Lisboa meu amor” ou “Bora para o Parque”, tendo chegado a coreógrafa na revista “Já viram isto”, com autoria e direção de Francisco Nicholson, no lendário Parque Mayer. Paralelamente, inicia a sua formação como atriz e dá os primeiros passos na área da interpretação, fazendo pequenas participações.
A atriz
Vencendo enfim a limitação do sotaque, consegue, em 2001, nas novelas “Ganância” (SIC) e “O Olhar da Serpente” (SIC), os seus primeiros trabalhos como atriz, mas é sem dúvida a série cômica “Não há pai” (SIC) a rampa de lançamento que lhe traz o reconhecimento do grande público com a inesquecível personagem da cômica empregada “Juraci”. A seguir, trabalha como atriz em inúmeros programas e séries televisivas, como “SIC 10 Horas” e “As Duas Por Três” – SIC, “Maré Alta” – SIC , “Levanta-te e Ri” (stand up comedy)- SIC , “Câmara Café” – RTP1, “Galas de Inverno e Primavera” – SIC, “Pastéis de Natas” – RTP2, “Cenas do Casamento” – SIC, “Os Compadres” – RTP, “A sagrada família” – RTP, contando ainda com uma participação especial na novela “Belmonte” – TVI, e a apresentação em direto do programa “GRP”, na TV Record.
Encontra o cinema graças ao convite do realizador Leonel Vieira para participar no filme “A arte de Roubar”.
Em 2004, decide fazer uma pausa da televisão e co-funda a Companhia de Actores, onde permanece por 8 anos, atuando e co-produzindo as suas próprias peças: “Cenas Suburbanas”, de Nelson Rodrigues, no CCB, Teatro Ramo Grande, nos Açores, e Teatro Municipal de Bragança, com encenação de António Terra.
Teatro
No MITO (Mostra internacional de Teatro de Oeiras), estreia “Viver é raso,” com encenação de Amaury Tangará, e “ONNI Objecto Náutico não identificado”, com encenação de John Mowat, mantendo-se em cena em três festivais internacionais: “Entre MITOS”, em Oeiras; Festival de Tondela; Festival da Covilhã; e ainda, em temporada, no Chapitô em Lisboa.
Sucedem-se então “As mentiras que os homens contam”, de Luís Fernando Veríssimo, em cena no Teatro Tivoli em Lisboa e no Coliseu do Porto; o espetáculo “A Mala”, na box nova do CCB, com encenação de Beatriz Cantinho; e os musicais “Meias de Seda”, com encenação de António Terra; e “Crença”, com encenação própria, em cena no Teatro Municipal de Bragança, no Santiago Alquimista, no Maxime, em Lisboa, na Associação 18 de Maio e no Teatro Amélia Rey Colaço, em Algés. Os espetáculos “Espírito da Poesia” e o show infantil “Pirlimpimpim”, da CDA, contaram com duas edições em Oeiras.
Em 2012, decide sair da CDA para seguir o seu caminho independente e produz o monólogo “Chico em Pessoa”, com textos de Chico Buarque e Fernando Pessoa, sob encenação de Carlos Paulo, cuja temporada estreia com grande êxito no Teatro da Comuna, em Lisboa, a seguir no Centro Cultural Olga Cadaval – Sintra, no Festival Amo Teatro, na Madeira, no Festival Multilingual School, na Madeira, no Centro Cultural de Loulé e no Festival Mindelact de Cabo Verde. Este espetáculo marca a sua carreira no teatro e é convidado para representar o Brasil junto à CPLP nas comemorações internacionais da Língua Portuguesa no Teatro da Malaposta, no Teatro da Luz, ambos em Lisboa.
No teatro São Luís, sob a encenação de João Brites, integra, juntamente com o Teatro “O Bando”, o elenco de “Em Brasa”.
O espetáculo infantil “Pequenas Histórias” foi a sua primeira encenação, seguida de “A última história de Capuchinho Vermelho”, ambos no Teatro Amélia Rey Colaço, a seguir, ao lado de Ana Pontes concebeu e encenou espetáculo “BrinCadeiras” para Mostra Internacional de Oeiras.
Concebe, dirige e produz o “Projecto Oeiras Pro” (Encontro de Parceiros sociais da Microsoft), assim como o espetáculo de natal comunitário “O Caminho para Belém”, em Algés, um projeto que envolveu mais de 250 pessoas da comunidade.
Em 2013, ao lado de Ana Brito e Cunha, estreia dois espectáculos infantis “Um anjinho tropical” e “Mãe Amizade”, assim como a comédia musical “Shot de Valeriana”, com encenação de Jaime Aragão da Rocha, em temporada com grande êxito no Teatro do Bairro, seguindo para o Teatro Villaret, ambos em Lisboa.
Em 2014, no Centro Cultural Olga Cadaval, estreia “Rui, em jeito de Bossa”, o espetáculo que contou com a participação e direção musical do grande pianista brasileiro Luiz Avellar, que dá origem ao seu primeiro álbum.
Em 2015 desenvolve vários projetos no âmbito da interculturalidade, entre eles a criação e a produção televisiva do programa “Estamos Juntos”, exibido pela TV Brasil, Afro Music Channel e a estrear na RTP.
Ainda em 2015, estreia o espetáculo musical “Sentinela”, em duo com o músico português Marco Santos, no Festival de Economia Criativa na Madeira, baseado em textos e temas originas de ambos.
Em 2016, estreia no Festival Internacional Amo teatro, no Teatro Municipal Baltazar Dias na Madeira, a peça “O sofá, a mamã e eu”, ao lado do ator João Pedro Carvalho Lima, encenado pelo italiano Lamberto Carrozi, em temporada na Fundação Portuguesa das Comunicações em Lisboa.
Música
Em 2017 lança o seu primeiro álbum “Rui Veloso em Bossa” com temas inesquecíveis da dupla Rui Veloso e Carlos Tê , ícones da música portuguesa e desde então percorre o país com o show de lançamento do CD. Neste momento encontra-se a gravar o seu próximo álbum com temas originais intitulado “Panela de Barro”.