Da Redação
Com Rádio ONU
As Nações Unidas acolhem, na sua sede em Nova Iorque, a exposição Resiliência pelo Design, onde uma série de painéis mostram projetos de abrigos para civis durante situações de emergência, como desastres naturais e conflitos.
Os projetos foram desenhados por arquitetos de todo o mundo, num concurso criado pela Open Online Academy. E três portuguesas são as criadoras da proposta vencedora. As jovens, formadas pela Universidade Lusíada do Porto, foram a Nova Iorque receber o prêmio, numa cerimônia que decorreu na sede da ONU na noite de 02 de dezembro.
Uma das arquitetas conversou com a Rádio ONU e explicou um pouco sobre o abrigo projetado para refugiados da Síria. Joana Lacerda destaca que a flexibilidade e a reciclagem foram os diferenciais do trabalho.
“O conceito de flexibilidade estende-se não só a nível da forma, porque esta pode-se ampliar ou encolher conforme as necessidades, como também ao nível do interior e da fachada. Nós usamos materias pré-fabricados para ser mais fácil e rápido de construir. E todo o revestimento do abrigo é feito com materiais reciclados, ou seja, lixo que está nos campos de refugiados. Ele é desenhado para três a cinco pessoas. Mas como tem a possibilidade de se estender, pode ir abrigando até 12 pessoas no seu interior a dormir.”
Joana Lacerda explica que o abrigo que criou tem uma sala de estar e uma zona de dormir, mas pode também ter outras funções como escola e posto médico.
Após vencer o concurso e apresentar o projeto na sede da ONU, a arquiteta e as suas duas colegas, Angela Pinto e Carla Pereira, esperam conseguir melhorar a sua condição profissional, já que estão desempregadas.