Da Redação
Com Lusa
A responsável pelo departamento de português de uma universidade em Xangai defendeu, na última semana, que a eleição de António Guterres como secretário-geral da ONU contribuiu para o aumento da aprendizagem do português na China.
“Com a eleição de António Guterres para secretário-geral das Nações Unidas (ONU), todos nós, alunos e professores, acreditamos que a língua portuguesa vá ser uma das línguas oficiais de trabalho da ONU e isso reforça o desejo em aprender português na China”, afirmou Catarina Xu, responsável pelo departamento de português na Universidade de estudos Internacionais de Xangai,
Catarina Xu, que falava em conferência de imprensa no Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa (CPCLP), do Instituto Politécnico de Macau (IPM), disse estar-se a verificar uma tendência “muito grande da procura da língua portuguesa”.
“Há 10 anos só havia 10 ou 11 universidades onde havia o curso de português, agora já contamos quase 40 instituições”, disse.
Durante a conferência de imprensa, o diretor do CPCLP, Carlos Ascenso André, realçou o fato de “31 responsáveis pelo ensino do português de 31 instituições de ensino superior chinesas” terem estado hoje juntos a debaterem ideias para o futuro.
“É a primeira vez que se consegue juntar tantos representantes de tantas instituições do ensino superior chinês que têm cursos de português”, rejubilou Carlos Ascenso André.
“O ensino do português tem muito mais importância no interior da China do que aquilo que se suponha”, afirmou Carlos Ascenso André, declarando que existem mais de quatro mil alunos que estudam português nas universidades chinesas.
O diretor do CPCLP realçou ainda importância da assinatura, na semana passada, do protocolo entre o Camões – Instituto da Cooperação e Língua e o IPM, que visa a certificação, com a chancela do instituto Camões, de cursos de professores de língua portuguesa, administrados pelo IPM.
“Este protocolo leva o Camões a certificar a formação contínua de professores”, explicou o diretor.
Foi ainda anunciada a criação da “revista Orientes do Português”, que vai sair no final de 2018, para dar resposta às necessidades da carreira científica dos docentes universitários chineses.