Angola, Brasil e Moçambique participam de fórum sobre investimento em Macau

Da Redação
Com Lusa

O Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas vai receber, em 7 e 8 de junho, representantes de Angola, Brasil e Moçambique, não estando prevista a presença de Portugal.

A nona edição deste evento vai contar com a “participação de mais de 1.500 pessoas, das áreas da política, comercial e acadêmica de mais de 60 países e regiões, incluindo cerca de 50 funcionários governamentais”, afirmou, em conferência de imprensa, o vogal executivo do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, Sam Lei.

Angola vai fazer-se representar pelo ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida, pelo vice-governador da província de Cabinda, Macosso Alberto Paca Zuzi, e pelos vice-governadores das províncias de Luanda e Luanda Norte, José Paulo Kai e Lino dos Santos, respetivamente.

Já o Brasil vai estar representado pelo vice-governador do Estado da Bahia, João Felipe De Souza Leão, enquanto que representação de Moçambique vai estar presente o vice-ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Victor Tuacale.

Este ano, não há representantes portugueses nem vão participar “empresas de Portugal”, anunciou Sam Lei, em resposta aos jornalistas. No ano passado, Portugal fez-se representar pelos secretários de Estado da Indústria e da Internacionalização, à data, João Vasconcelos e Jorge Oliveira, respetivamente.

O evento vai ter a tônica no desenvolvimento de infraestrutura e cooperação internacional através da inovação e de novos meios tecnológicos, mas também na promoção de construção de infraestruturas nos países do projeto chinês Uma Faixa, Uma Rota.

Anunciada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a iniciativa “Faixa económica da rota da seda e a Rota da seda marítima do século XXI”, mais conhecida como “Uma Faixa, Uma Rota”, está avaliada em 900 mil milhões de dólares, e visa reativar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático.

Na sexta-feira está programado um seminário sobre Construção de Infraestruturas entre a China e os Países de Língua Portuguesa, com a participação funcionários governamentais “de cinco países e regiões de língua portuguesa” com o objetivo de estreitar a “cooperação e oportunidades no desenvolvimento de construção de infraestruturas entre empresas da China, dos países de língua portuguesa e de Macau”, declarou a vice-presidente da Associação dos Construtores Civis Internacionais da China, na mesma ocasião.

“Nos últimos anos, os países de língua portuguesa tiveram um rápido crescimento económico e a sua procura por infraestruturas é mais forte”, pode ler-se na página oficial do evento. Os responsáveis do Fórum relembraram ainda a crescente cooperação energética entre os países de língua portuguesa e a China.

Vai ser ainda discutido, entre “especialistas de departamentos governamentais da China e dos países de língua portuguesa” a forma como as empresas da China Continental e de Macau podem participar em projetos de infraestrutura nos países de língua portuguesa.

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