Alojamento turístico supera pela primeira vez 10 milhões de dormidas em agosto

Empresários apostaram na abertura de casas de alojamento local no Douro e a procura pelos turistas portugueses e estrangeiros ultrapassou as expectativas no verão de 2022. JOSÉ COELHO/LUSA

De janeiro a julho deste ano o país ultrapassou os números pré-pandemia, batendo novos máximos nas dormidas e nas receitas turísticas, sendo o melhor ano turístico em Portugal

Mundo Lusíada com Lusa

O alojamento turístico em Portugal atingiu os valores mensais mais altos de sempre em agosto, com 3,5 milhões de hóspedes e 10,1 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos homólogos de 4,8% e 1,4%, respectivamente, divulgou hoje o INE.

Já face a agosto de 2019, registaram-se crescimentos de 6,3% nos hóspedes e 4,9% nas dormidas, de acordo com as estatísticas rápidas da atividade turística, publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As dormidas na hotelaria (79,8% do total) registaram um ligeiro aumento (+0,3%; +3,2% face a agosto de 2019), enquanto as dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 14,9% do total) cresceram 6,8% (+6,0% face a agosto de 2019) e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 5,3%) aumentaram 4,4% (+33,8%, comparando com agosto de 2019).

Em agosto, as dormidas de residentes diminuíram 6,9%, totalizando 3,5 milhões e as de não residentes cresceram 6,4%, correspondendo a 6,6 milhões.

Entre os dezassete principais mercados emissores (88,6% do total de dormidas de não residentes), os Estados Unidos e o Canadá continuaram a destacar-se, registando os maiores crescimentos (+28,9% e +27,5%, respectivamente) face a agosto de 2022.

No mês em análise, o Algarve concentrou 31,3% das dormidas, seguido da Área Metropolitana de Lisboa (21,2%) e do Norte (17,1%), com os maiores crescimentos registados no Norte (+5,4%), Açores (+4,5%) e Centro (+4,1%), e decréscimos no Algarve (-1,9%) e na Madeira (-1,2%).

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (66,6%) diminuiu 2,2 pontos percentuais em agosto, enquanto a taxa líquida de ocupação-quarto (73,6%) decresceu 1,3 pontos percentuais.

No período acumulado de janeiro a agosto de 2023, as dormidas aumentaram 12%, +2,4% nos residentes e +16,9% nos não residentes.

Em agosto, 10,4% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registraram movimento de hóspedes (11,9% em julho).

Melhores sete meses

Segundo divulgou o governo, de janeiro a julho deste ano o país ultrapassou os números pré-pandemia, batendo novos máximos nas dormidas e nas receitas turísticas, face a 2019, até agora o melhor ano turístico em Portugal.

São “os melhores sete meses de sempre na história do turismo em Portugal”, como assinalou o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, na RTP3.

Dados do INE, que já mostram 2023 um ano de recordes da atividade turística, entre janeiro e julho deste ano foram registados 16,8 milhões de hóspedes no país. No mesmo período foram contabilizados 42,8 milhões de dormidas, um aumento de cerca de 10% em comparação com igual período de 2019.

As receitas turísticas ascenderam aos 3,2 mil milhões de euros, um acréscimo de 39% face ao período de 2019. A receita das do dormidas realizadas por todos os hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros aumentou 41,8%.

Segundo o ministro, o ano que marca a “plena recuperação” do turismo, depois da pandemia de covid-19, num setor que dá provas de “excelência” e de “resiliência”, nas palavras de Nuno Fazenda.

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