Por Igor Lopes
Do Rio para Mundo Lusíada
O rancho folclórico Almeida Garrett da casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria realizou uma festa no dia 5 de maio na Tijuca, Zona Norte do Rio, para celebrar 50 anos de fundação. O evento, que contou com entrada franca, reuniu dezenas de pessoas e encheu de orgulho os componentes do rancho. Para marcar a data, nada como uma nova festa agendada para julho, quando o grupo se despede do Brasil para atuar em Portugal.
No salão da casa, crianças, todas componentes do rancho, corriam soltas de um lado para outro ainda em tom de brincadeira, algo tão típico da idade. Um bolo de quatro andares enchia os olhos dos visitantes. Na administração do evento, o presidente da casa, Ernesto Boaventura, se desdobrava em várias tarefas. Servia as mesas, dava ordens e se empenhava nos preparativos finais. Esses e outros ingredientes deixavam escapar sinais do alto padrão de qualidade que iria marcar a festa.
Logo de cara, antigos integrantes do rancho mostraram que ainda podem apresentar muito folclore nos pés, com passos bem definidosem palco. Ointuito de todo esse roteiro foi levar ao público o orgulho e a história do rancho, que foi o centro das atenções daquela noite.
Ernesto Boaventura afirmou estar muito feliz com os 50 anos de “histórias e alegrias” do rancho. Segundo o presidente da casa, não foram medidos esforços para que o grupo tivesse uma festa à altura.
Nessa mesma noite, foi lançado um CD com músicas tradicionais que são dançadas pelo rancho, que conta hoje com cerca de 40 componentes.
O último boletim promocional da casa, “O Feirense”, dá conta de alguns nomes relevantes em todo esse passado. Dentre eles, Abel Rodrigues, componente mais antigo do rancho, Margarete de Fátima, componente feminina mais antiga, e Joaquim Monteiro, fundador do grupo Almeida Garrett.
História e tradição
No dia 1 de maio de 1962, o Grupo Folclórico Almeida Garrett foi fundado, tendo sua sede provisória na Rua do Ouvidor, nº 12. Os seus ensaiadores eram o maestro Jaime Mendes e José de Souza. O diretor artístico se chamava Antônio Joaquim Vieira Monteiro.
No final desse ano, o grupo passou a ter sua sede na Rua Barão de São Felix, 16. Após um grande desenvolvimento do seu
folclore, o Almeida Garrett deu origem ao Centro Português da Guanabara, adquirindo, em seguida, um imóvel na Rua São Francisco Xavier, 124, onde permaneceu por alguns anos desenvolvendo um trabalho de difusão do folclore e das tradições e costumes de Portugal no Brasil.
Em 1971, o grupo resolveu se unir à já existente Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria. No dia 27 de Maio, o Conselho Deliberativo da C.V.F.T.S.Maria foi convocado para aprovar a fusão com o Centro Português da Guanabara, para onde transferiu todo o seu patrimônio e seu corpo associativo, fato inédito em fusão de Casas Regionais, com a condição de que o nome do Grupo Folclórico Almeida Garrett não fosse alterado.
O grupo já esteve por três vezes em Portugal (1981, 1988 e 1994). No dia 13 de julho, o grupo vai apresentar uma festa de despedida, já que o rancho segue para uma nova digressão a Portugal, onde fica por 32 dias.
