AICEP cria prêmio dirigido às Câmaras de Comércio Portuguesas

Da Redação

AICEPMiguelFrasquilhoO presidente da AICEP anunciou, em Nova York, a criação de um Prêmio Anual dirigido às Câmaras de Comércio Bilaterais.

Miguel Frasquilho, que discursava na IV Reunião Anual das Câmaras de Comércio Portuguesas, anunciou que a AICEP irá iniciar, em 2016, “e em conjunto com a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, a realização de uma Gala Anual que se destinará a premiar as Câmaras de Comércio Bilaterais radicadas no estrangeiro (focadas nas relações econômicas entre o país onde se situam, e Portugal) que mais se destaquem na captação/retenção de investimento e na internacionalização das empresas portuguesas.”

A primeira edição desta Gala terá lugar durante o primeiro trimestre de 2016, incidirá sobre o ano de 2015 e até ao fim do primeiro semestre deste ano, todas as Câmaras de Comércio Portuguesas serão contactas de forma a serem criadas as condições necessárias para a implementação deste prêmio.

Miguel Frasquilho afirma que esta “é uma forma de reconhecer o trabalho desempenhado pelas nossas Câmaras de Comércio e que se pretende, possa vir a dinamizar ainda mais as relações de Portugal com o Mundo, tanto na vertente de internacionalização como na de captação e retenção de investimento.”

O presidente da AICEP espera “que as Comunidades Portuguesas no Estrangeiro, constituídas por tantos empresários de sucesso, se possam aproximar do nosso País, possam investir em Portugal e possam adquirir os nossos bens e serviços. E que, nos países onde vivem e trabalham, deem a conhecer melhor o nosso país, divulguem as nossas potencialidades, as nossas riquezas históricas e culturais, as nossas belezas e a qualidade dos nossos produtos e serviços, de molde a que outros, de outras comunidades e países, também o possam fazer.”

Certificação do Estado
Durante o evento, as Câmaras de Comércio Portuguesas participantes da IV reunião anual, reivindicam a certificação oficial do estado português.

“É fundamental que o Governo de Portugal tenha alguma forma de reconhecer as Câmaras do Comércio que existem no mundo”, disse à agência Lusa o presidente da Confederação Internacional dos Empresários (CIEP), a instituição que coordena a rede de 36 Câmaras de Comércio Portuguesas localizadas em 23 países.

Bruno Bobone acredita que esta certificação é crucial devido à própria atividade das instituições. “É muito importantes que [as instituições] se possam apresentar nos seus mercados como representantes da economia portuguesa. Serem reconhecidas como tendo, de fato, um poder de representação”, defendeu.

O presidente da CIEP adianta também que a certificação tem a ver com a credibilidade do próprio estado português. “Ao reconhecer uma câmara, Portugal tem oportunidade de validar que é credível e formada por pessoas capazes e úteis. Se não houver esta certificação, o que pode acontecer é uma câmara criada por alguém que não tem essa credibilidade e que acaba por deixar o país mal representado no mundo”, explicou.

O vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, esteve presente no primeiro dia do encontro e reconheceu esta reivindicação. “Temos consciência de que temos pela frente a questão da regulação das câmaras”, disse o responsável, deixando “uma palavra de elogio ao trabalho feito e um incentivo ao trabalho que ainda podem fazer.”

“As Câmaras de Comércio são, evidentemente, uma força avançada naquilo que é o trabalho essencial de colocar empresas a falar com outras empresas, colocar quem quer vender em contato com quem pode comprar e organizar a formação de parcerias. São agregadoras da força empresarial e simplificadoras da relação com os outros mercados”, defendeu Paulo Portas.

Bruno Bobone acredita que o primeiro passo para esta certificação foi dado com o anúncio da criação do prêmio anual. “É já uma demonstração de interesse. Premiar as câmaras é uma forma de reconhecimento até chegar o dia em que haja uma forma de certificação”, defendeu.

Para Bruno Bobone, o trabalho destas câmaras e da AICEP tem de acontecer de forma complementar. “Isso é necessário para sermos muito mais eficazes naquilo que queremos fazer, que é garantir a internacionalização da economia portuguesa”.

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