Por Odair Sene
Comandada pelo diretor Francisco Saião Costa, a AICEP Brasil realizou no último 26 de outubro em São Paulo, o Fórum Empresarial “Inovação Aberta e ESG”. O encontro foi estruturado em palestras, mesas redondas e masterclasses, com objetivo de apresentar para as empresas, aos empreendedores, associações e órgãos públicos brasileiros, a modernidade da economia portuguesa, a sua capacidade inovadora e a sua competitividade no contexto da concorrência internacional.
Segundo os organizadores, a ocasião serviu para colocar a inovação e os princípios de sustentabilidade empresarial e corporativa “como elemento transversal às oportunidades de negócios entre os dois países, abordando práticas de ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla inglesa) dando a conhecer um Portugal contemporâneo, com preocupações e soluções atuais com vistas a um futuro mais sustentável”.
No encontro foram destacados casos de sucesso da parceria entre entidades portuguesas e brasileiras que permitiram o desenvolvimento e implementação de soluções de inovação tecnológica e empresarial nos dois países, contribuindo para a consolidação e reforço da competitividade econômica bilateral.
Conforme a AICEP Brasil, a iniciativa também visa reforçar a capacidade de penetração internacional dos agentes econômicos portugueses no mercado brasileiro; aumentar a captação de investimento direto estrangeiro em Portugal incluindo o investimento de cidadãos portugueses residentes no estrangeiro e de luso-descendentes; reforçar a promoção da imagem de Portugal; e apresentar ao público brasileiro os fatores inovadores da economia e das empresas portuguesas.
Durante o coquetel de abertura realizado no Consulado português (dia 25), o diretor da Aicep Brasil, Francisco Saião Costa disse ao Mundo Lusíada que o evento foi sucesso já pelo número de interessados, passou de 200 inscritos.
“Estamos fazendo uma conferência sobre inovação e sustentabilidade, sobre uma estratégia para as empresas portuguesas exportadoras que tem que obedecer uma série de critérios para continuarem a fornecer os serviços delas, então a gente está começando a fazer essas pequenas ações, e essa conferência do dia 26 é justamente para vermos como podemos ajudar as empresas portuguesas a cumprirem com esses requisitos, quais são as oportunidades e os desafios, enfim estamos trazendo ajuda bilateral porque isso é o futuro das empresas portuguesas, é o futuro das empresas brasileiras, é uma área comum de trabalho que a gente está trazendo”, referiu Saião.
Sobre os órgãos que apoiam às ações da Aicep, Francisco disse que tanto para a Aicep quanto para as empresas, os apoios vem do próprio Consulado Geral (que abriu as portas para o coquetel), como da Embaixada de Portugal, da Câmara de Comércio, sendo os mais ativos, que estão atuando mais diretamente, mas além esses existem as associações empresariais dos respectivos setores como no setor de calçados, com representantes específicos daquele setor, do alimentar teria representantes do agro, por exemplo, e assim sucessivamente. “Enfim tem muitas associações empresariais com papel muito importantes, são associações que acabam tendo projetos e verbas para apoiar essas iniciativas de internacionalização e depois [na sequência] também”.
Segundo o diretor da Aicep, o Ministério dos Negócios Estrangeiros é um braço de apoio da chamada ‘diplomacia econômica’. “Tudo o que diz respeito a fomentar relacionamento econômico com oportunidades de investimentos, a presença de empresas portuguesas de bens e serviços português no mercado brasileiro, estamos em linha [alinhados] com o MNE, alinhados com essas diretrizes porque o Brasil é um mercado prioritário para Portugal, mercado prioritário para nossas exportações, mas também hoje em dia o Brasil é o segundo país com mais investidores em Portugal, fora da União Européia, neste âmbito, nossa atuação é o que o Ministério dos Negócios Estrangeiros acaba fazendo”, diz ele se referindo justamente a essa “diplomacia econômica”.
O diretor responsável referiu que o grande objetivo do fórum acaba por ser em gerar sinergia e oportunidades de negócios, colocar frente a frente empresas portuguesas com as brasileiras para que se apresentem, e possam mostrar o que é que fazem para gerar sinergia dentro daqueles pilares referidos – da diplomacia econômica – “para conseguirmos concretizar mais oportunidades de negócios”.
No coquetel. o Cônsul Geral, Antônio Pedro Rodrigues, abriu o bate papo ao lado do Francisco Saião, cumprimentou a todos, falou sobre o evento empresarial da Aicep e comentou brevemente sobre dados econômicos em destaque nesses mercados. Na ocasião teve um bate papo sobre Inovação Aberta e ESG, o tema do evento, mercado, perspectivas e expectativas entre o moderador Francisco Saião, a Laura Oliveira Vilarinho – da Algar Telecom e a Rafaella Fatureto – da EDP Brasil.